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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Um Apólogo




Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?
— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:

— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:

— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico.
Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:
— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59


Machado de Assis

Novos Exercícios - 9o. ano

Oi, turminha!

Aqui estão algumas questões quanto ao emprego e identificação das orações coordenadas e  subordinadas.


ESPCEX - No período: “... no fundo eu não estava triste com a viagem de meu pai, era a primeira vez que ele ia ficar longe de nós por algum tempo ...”, a oração sublinhada é:

a) subordinada substantiva predicativa;
b) subordinada adjetiva restritiva;
c) subordinada adverbial de lugar;
d) subordinada substantiva subjetiva.

02) ESFAO - Somando os números correspondentes às orações corretas quanto à classificação das mesmas, você encontrará a resposta da questão.

“Garantiram-me que, depois de preenchido o formulário, que me enviaram pelo correio na segunda-feira sem falta e pagar a minha taxa de inscrição, eu seria atendido em menos de quarenta e oito horas.” (F. Sabino)
(02) 1º oração: principal;
(08) 2º oração: subordinada substantiva objetiva direta;
(14) 3º oração: subordinada substantiva objetiva direta;
(20) 4º oração: subordinada adjetiva restritiva;
(26) 5º oração: coordenada sindética aditiva em relação à 3º e subordinada adverbial temporal em relação à 1ª.
a) 24
b) 36
c) 48
d) 56
e) 70

03) AFA - Em que alternativa, a oração subordinada não é da mesma natureza da que existe em “Quero que vocês escrevam uma composição”?

a) “E anunciou que não nos faria cantar.”
b) “Esperava um irmão que vinha buscá-la.”
c) “Vamos fazer de conta que estamos na aula de Português.”
d) “Circulava a história de que ela dormia no sótão do colégio.”

04) EFOMM - Assinale o par de orações grifadas cuja classificação está trocada:

a) Vi onde ela estuda. (subordinada substantiva objetiva direta)
É sabido onde ela estuda. (subordinada substantiva subjetiva)

b) Não chores, porque amanhã será um novo dia. (coordenada sindética explicativa)
Não chores porque erraste o problema. (subordinada adverbial causal)

c) Descobriu-se por quem o carro foi consertado. (subordinada adjetiva restritiva)
Descobriu-se a pessoa por quem o carro foi consertado. (subordinada substantiva subjetiva)

d) “Quando você foi embora, Fez-se noite em meu viver (...)” (subordinada adverbial temporal)
Perguntei ao professor quando faríamos a prova. (subordinada substantiva objetiva direta)
e) “Estêvão ficou ainda algum tempo encostado à cerca na esperança de que ela olhasse (...)”
(subordinada substantiva completiva nominal)
“A ambição e o egoísmo se opõem a que a paz reine sobre a Terra.” (subordinada substantiva objetiva indireta)

05) Colégio Naval

Vamos até a Matriz de Antônio Dias
onde repousa, pó sem esperança, pó sem lembrança, o Aleijadinho.
Vamos subindo em procissão a lenta ladeira.

Padres e anjos, santos e bispos nos acompanham

e tornam mais rica, tornam mais grave a romaria de assombração.

Mas já não há fantasmas no dia claro,

tudo é tão simples,

tudo tão nu,

as cores e cheiros do presente são tão fortes e tão urgentes

que nem se percebem catingas e rouges, boduns e ouros do século 18.

(O vôo sobre as igrejas, Carlos Drumond de Andrade)


O “que” do verso 10 apresenta o valor semântico de:

a) explicação;
b) condição;
c) conformidade;
d) consequência;
e) lugar.
06) Colégio Naval - No trecho: “Todos diziam que ela era orgulhosa, mas afinal descobri que não”, a última oração se classifica como:

a) coordenada sindética adversativa;
b) principal;
c) subordinada substantiva objetiva direta;
d) subordinada adverbial comparativa;
e) subordinada substantiva subjetiva.

07) AFA

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

- Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte,

As orações “Desafia o nosso peito a própria morte”, “que um filho teu não foge à luta” e “quem te adora” classificam-se, respectivamente, como:
a) principal, subordinada substantiva subjetiva, subordinada adjetiva restritiva;
b) principal, subordinada adverbial temporal, subordinada substantiva objetiva direta;
c) principal, subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva subjetiva;
d) coordenada assindética, subordinada substantiva objetiva direta, subordinada substantiva apositiva.
08) EPCAR - Marque a alternativa que contém oração subordinada substantiva completiva nominal.
a) “Como fazem os pelintras de hoje para não molhar os pés nos dias de chuva?”
b) “Veio-me a desagradável impressão de que todo mundo reparava nas minhas galochas.”
c) “Um dia as galochas me serão úteis, quando eu for suficientemente velho para merecê-las.”
d) “No restaurante, onde entrei arrastando os cascos como um dromedário, resolvi me ver livre das galochas.”
e) “No centro da cidade um sol radioso varava as nuvens e caía sobre a rua, enchendo tudo de luz, fazendo evaporar as últimas poças de água que ainda pudessem justificar minhas galochas.”

09) EFOMM - Assinale o único exemplo em que não ocorre oração subordinada substantiva subjetiva:

a) “Cansativo que seja, urge atravessarmos o campo que banha o Rio Negro antes de anoitecer.”
b) “Todo escritor que surge reage contra os mais velhos, mesmo que o não perceba, e ainda que os admire.”
c) “Dormiram naquilo, tinham-se acostumado, mas seria mais agradável dormirem numa cama de lastro de couro.”
d) “É preciso que o pecador reconheça ao menos isto: que a Moral católica está certa e é preensível.”
e) “Sobre a multiplicidade informe e confusa dos bens da matéria é mister que paire a força ordenadora do espírito.”

10) Colégio Naval -

Somos uma pequena parte do elo, o miolo de envoltórios descomunais que desconhecemos, arrogantes embora, na suposição de que é conosco que Deus se preocupa.
A última oração do texto deve ser classificada como subordinada:
a) adverbial concessiva;
b) substantiva completiva nominal;
c) adjetiva restritiva;
d) substantiva predicativa;
e) substantiva subjetiva.

11) ESFAO - Em “Dentro dela se abrigava a multidão de bárbaros e de estranhos ali recebidos com brandura e carinho” e “Tudo o que era natureza tinha o aspecto sinistro, trágico, desolador (...)”, temos, respectivamente:

a) uma oração com sujeito simples; / duas orações com sujeito representado por pronomes
(respectivamente, demonstrativo e relativo);
b) duas orações, uma com sujeito claro, outra, oculto; / duas orações, tendo a primeira o sujeito simples representado por pronome relativo, a segunda, por um substantivo;
c) uma oração com sujeito composto cujos núcleos são bárbaros e estranhos; / duas orações, estando a subordinada com sujeito oculto;
d) uma oração com sujeito simples; / uma oração com sujeito representado por pronome indefinido;
e) uma oração com sujeito pronominal; / uma oração com sujeito oracional.
12) EFOMM - “Não sei de onde te conheço.” A classificação correta da oração grifada está na opção:
a) substantiva predicativa;
b) adjetiva restritiva;
c) substantiva subjetiva;
d) substantiva objetiva indireta;
e) substantiva objetiva direta.

13) EPCAR
Quando uma nuvem nômade destila
gotas, roçando a crista azul da serra,
umas brincam na relva, outras tranqüilas,
serenamente entranham-se na terra.
E a gente fala da gotinha que erra
de folha em folha e, trêmula, cintila,
mas nem se lembra da que o solo encerra,
de que ficou no coração da argila!
Quanta gente, que zomba do desgosto
mudo, da angústia que não molha o rosto
e que não tomba, em gotas, pelo chão

havia de chorar, se adivinhasse
que há lágrimas que correm pela face
e outras que rolam pelo coração!
(Guilherme de Almeida)

Entre as alternativas abaixo, a única correta é:
a) não há oração adverbial no texto em apreço;
b) há menos de quatro orações adjetivas no soneto;
c) há oração substantiva sem sujeito;
d) na oração “que há lágrimas”, o que não é integrante;
e) não há pronome demonstrativo no referido texto.

14) CESGRANRIO - “Hoje, a dependência operacional está reduzida, uma vez que o Brasil adquiriu auto-suficiência na produção de bens como papel-imprensa (...)” A oração grifada no período acima tem valor:

a) condicional;
b) conclusivo;
c) concessivo;
d) conformativo;
e) causal.

15) Colégio Naval
“No entanto parece que os freqüentadores deste cinema
Estão perfeitamente deslembrados de que terão de morrer
- Porque em toda sala escura há um grande ritmo de esquecimento e equilíbrio.”
A última oração do poema tem valor:
a) subordinativo, revelando uma idéia de causa;
b) coordenativo, traduzindo uma idéia de explicação;
c) subordinativo, denotando conclusão;
d) coordenativo, traduzindo uma idéia de tempo;
e) subordinativo, revelando uma idéia de conseqüência.

16) UNIRIO - Assinale o item em que há uma oração adjetiva.

a) Perdão, por Deus, perdão - respondeu o pombo.
b) A pombinha, que era branca sem exagero, arrulhava, humilhada e ofendida com o atraso.
c) Perdeste a noção do tempo?
d) A tarde era tão bonita que eu tinha de vir andando.
e) O pombo caminhava pelo beiral mais alto, do outro lado. Um pouco além, gritavam as gaivotas.

17) Colégio Naval
Nada sei, afinal, da tua aparência no tempo, a não ser o que me contavam em casa, desde menino: que eras ruivo como eu, que vieste em vinte e quatro, com os primeiros colonos, e abandonaste logo a tua pobre lavoura, encravada nos matos de Sapucaia, para alistar-te entre os Farroupilhas.

Pudesse eu, armado de vidência, acompanhar-te o passo, Maria Klinger; ver claramente vistas as tuas andanças de colona; como venceste as veredas e picadas; como tomaste o caminho que ia dar nos arredores da cidade; como paraste, cansada, à sombra das árvores, ou foste pedir, na tua língua de trapos, um pouco de água para a tua sede (...)

Assinale o único item que não apresenta uma oração subordinada substantiva objetiva direta.

a) “(...) a não ser o que me contavam em casa (...)”

b) “(...) que eras ruivo como eu.”

c) “(...) e abandonaste logo a tua pobre lavoura (...)”

d) “(...) como venceste as veredas e picadas (...)”

e) “(...) ou foste pedir (...) um pouco de água para a tua sede”

18) PUC - “É preciso (I) levar tudo isso em conta (II) quando se analisa o (III) que está ocorrendo em nossos dias.” A classificação das orações subordinadas sublinhadas é, respectivamente:

a) adjetiva (I), adverbial (II), substantiva (III);

b) substantiva (I), adjetiva (II), substantiva (III);

c) adverbial (I), substantiva (II), adjetiva (III);

d) substantiva (I), adverbial (II), adjetiva (III);

e) adverbial (I), adverbial (II), substantiva (III).

19) ESPCEX - Marque a alternativa que indica a correta classificação das orações sublinhadas, segundo a ordem em que estas aparecem nas frases abaixo:
1) Robertinho, com ser inteligente, não foi aprovado no concurso.
2) Não é permitido transitar por esta rua.
3) Chocou-nos o seu modo áspero de falar, embora não tivesse o propósito de ofender a pessoa alguma.

a) subordinada substantiva apositiva, subordinada substantiva completiva nominal, subordinada adjetiva;
b) subordinada adverbial conformativa, subordinada substantiva predicativa, subordinada completiva nominal;
c) subordinada adverbial concessiva, subordinada substantiva subjetiva, subordinada substantiva completiva nominal;
d) subordinada substantiva apositiva, subordinada substantiva subjetiva, subordinada adjetiva.

Resposta: __________

20) Colégio Naval - No período: “Quando o rei Herodes mandou decapitar crianças, eu o levei na fuga para o Egito”, as orações classificam-se, respectivamente:
a) subordinada adverbial temporal / subordinada substantiva objetiva direta / principal;
b) subordinada adverbial temporal / principal;
c) principal / substantiva objetiva direta / coordenada assindética;
d) coordenada sindética conclusiva / coordenada assindética;
e) subordinada adverbial proporcional / principal.

21) UNIRIO - Em “Entende-se bem que D. Tonica observasse a contemplação dos dois”. à oração principal segue-se uma oração subordinada:

a) substantiva subjetiva;
b) substantiva objetiva direta;
c) adjetiva restritiva;
d) adverbial causal;
e) adverbial concessiva.

22) ESFAO - Que oração subordinada substantiva em destaque é completiva nominal:

1) desejo que um dia me restitua uma parte de sua estima.
2) habituei-me a considerar a riqueza primeira força.
3) pensando que os poderia refazer mais tarde.
4) e os exemplos ensinavam-me que o casamento era meio legítimo.
5) o casamento era meio legítimo de adquiri-la.

23) EFOMM - Marque a classificação correta das orações destacadas no período: “Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que a produção e o lucro eram bastante razoáveis.”
a) subordinada adverbial temporal - subordinada substantiva objetiva direta;
b) principal - subordinada substantiva completiva nominal;
c) subordinada adverbial temporal - subordinada adjetiva restritiva;
d) principal - subordinada adverbial final;
e) subordinada adverbial condicional - subordinada substantiva subjetiva.

24) Colégio Naval - Marque a alternativa em que a oração destacada não se encontra corretamente classificada.
a) “Parece que eu não acreditava na história” - oração subordinada substantiva subjetiva;
b) “(...) torcíamos para ele subir mais” - oração subordinada adverbial final;
c) “Lembro-me (...) desse jardim que não existe mais.” - oração subordinada adjetiva restritiva;
d) “Lá fora, uma galinha cacareja, como antigamente.” - oração subordinada adverbial comparativa;
e) “Diziam que São Pedro estava arrastando os móveis” - oração subordinada substantiva subjetiva.

25) UNIRIO - No período “Ah, arrulhou de repente a pomba, quando distinguiu, indignada, o pombo que chegava (...)”, as duas orações subordinadas são respectivamente:
a) adjetiva e adverbial temporal;
b) substantiva predicativa e adjetiva;
c) adverbial temporal e adverbial temporal;
d) adverbial temporal e adverbial consecutiva;
e) adverbial temporal e adjetiva.

26) EFOMM - Assinale a opção em que uma oração subordinada destoa das demais:

a) Nunca souberam como ele morreu.
b) É proibido falar ao motorista.
c) Diz-se que amor com amor se paga.
d) Nunca se sabe quando ele fala sério.
e) Importa apenas que os dois se respeitem.

27) UFRRJ - “Tal era a fúria dos ventos, que as copas das árvores beijavam o chão.” Neste período, a oração subordinada é adverbial:
a) concessiva;
b) condicional;
c) consecutiva;
d) proporcional;
e) final.

28) EFOMM - “Depois que o velho morresse, não teria mais graça saltar o muro para roubar fruta na sua horta.” As duas últimas orações do período são, respectivamente:
a) subordinada substantiva subjetiva / subordinada substantiva completiva nominal;
b) subordinada substantiva objetiva direta / subordinada adverbial final;
c) subordinada substantiva objetiva indireta / subordinada substantiva completiva nominal;
d) subordinada substantiva subjetiva / subordinada adverbial final;
e) subordinada substantiva predicativa / subordinada completiva nominal.

29) CESGRANRIO - Assinale a classificação correta da oração sublinhada:

“Caíra no fim do pátio, debaixo de um juazeiro, depois tomara conta da casa deserta.”

a) subordinada adverbial temporal;
b) subordinada adverbial proporcional;
c) subordinada adverbial consecutiva;
d) coordenada sindética conclusiva;
e) coordenada assindética.
30) Colégio Naval - No período: “E era uma tal multidão de astros a tremeluzir que, juro, às vezes, tinha a impressão de ouvir o burburinho infantil de suas vozes.”, o vocábulo sublinhado introduz uma oração:
a) subordinada adjetiva explicativa;

b) subordinada adverbial causal;

c) subordinada substantiva objetiva direta;

d) subordinada adverbial consecutiva;

e) subordinada adverbial concessiva.

31) PUC - “quando eu quiser sei onde achá-lo”. As orações sublinhadas são classificadas, respectivamente, como:
a) adverbial / adjetiva;
b) adverbial / adverbial;
c) adverbial / substantiva;
d) adjetiva / substantiva;
e) principal / adverbial.

32) EFOMM - Todas as orações estão analisadas corretamente, exceto:
a) Sem que me ajudasses, nada poderia fazer. (sub. adverbial condicional)
b) Os empregados estavam esgotados de modo que se retiraram imediatamente.
(sub. adv.consecutiva)
c) Admira-me que não tenhas podido chegar a tempo. (sub. substantiva subjetiva)
d) “Plante, que o João garante.” (coordenada sindética explicativa)
e) Fazia um calor de fritar ovos no chão. (sub. substantiva completiva nominal)

33) ESFAO - Marque a opção correta:
Comparando-se as duas falas de Esopo:
1º “Com a língua se ensina, se persuade ... se afirma.”

2º “É a língua que mente, que esconde ... que corrompe.”


Verifica-se na estruturação a seguinte característica:

a) apenas períodos compostos por subordinação;

b) na primeira, um período composto por coordenação; na segunda, um período composto por

subordinação;

c) orações sem sujeitos, pois todos os verbos são impessoais;

d) identidade sintática, mas oposição semântica;

e) semelhança semântica, sintática e morfológica.

34) Colégio Naval

“Sai, afastando-me dos grupos, e fingido ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece-lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.”

(Quincas Borba - M. de Assis)

“(...) que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.”uma oração:

a) adjetiva restritiva;

b) adjetiva explicativa;

c) adverbial condicional;

d) substantiva subjetiva;

e) substantiva objetiva direta.

35) UNIRIO - “(...) fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas vá lá.” O vocábulo sublinhado introduz oração que denota:

a) tempo;
b) causa;
c) condição;
d) comparação;
e) consequência.


Respostas: 01) D // 02) D //03) B //04) C //05) D //06) C //07) C //08) B //09) B //10) B //11) A //12) E //13) C //14) E //15) A //16) B //17) A //18) D //19) C //20) A //21) A 22) 5 //23) A //24) E //25) E //26) A //27) C //28) D //29) E //30) D //31) C //32) E //33) B //34) D //35) E

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Exortação

A paz do Senhor!

Nestes dias de eleições, de dúvidas, incertezas, fica uma orientação do Apóstolo Paulo, muito oportuna para todo o povo de Deus no Brasil.
“Exorto, pois antes de tudo, que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças por todos os homens, pelos reis, e por todos que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e sossegada, em toda piedade e honestidade”. (1 Timóteo 2. 1-2)

Queridos, hoje quando vamos ao supermercado encontramos gente simples, humilde mesmo, fazendo compras enormes e, em seus carrinhos, é possível enxergar leite, carnes diversas, embutidos, tantos produtos que não enxergávamos antes.

É tão bom ver que muitos podem consumir e usufruir de bens que até pouco tempo pertenciam a poucos. O pobre não comia carne todos os dias, não tinha eletrodomésticos nem tantas outros gêneros necessários à condição cidadã.
Queridos, é preciso ter sabedoria para enxergar o que se fez nesses últimos anos e não retornarmos àquele tempo de aflição, desemprego e vacas magérrimas, com salas de aulas sem livros e sem merenda. Há bem pouco tempo, o aluno do ensino médio da escola pública não recebia livro didático, uma ferramenta indispensável à aprendizagem.
Na verdade, não é a merenda que faz o cidadão, mas é de extraordinária importância para quem tem fome. Há alguns anos, vi uma aluna pequenina, acho que cursava o 5º. ano da escola pública, onde eu trabalhava, desmaiar só porque descobriu que não tinha, naquele dia, merenda.
Hoje, assistimos a um momento de confraternização na hora do lanche, eles verdadeiramente se alimentam. Há ovos, queijos, pães, sucos, leite, iogurte, tubérculos acompanhados de carne seca, canja com coxa e sobrecoxa de frango. E depois do lanche, é possível enxergá-los na biblioteca a pesquisar, porque há livros, bons livros.

Não serei utópica a ponto de achar que tudo é maravilhoso, mas o bom professor aliado a ferramentas, simples como estas, faz a diferença.

Sei que em muitos lares de gente abastada, nada disso importa, eu sei. Entretanto, falo daqueles que agora, só agora, têm o direito de frequentar uma faculdade e não apenas um curso técnico. Daqueles que têm direito a exercer seu sonho, compreendem? Não desmereço os cursos técnicos, mas filho de pobre sempre é empurrado a trabalhar para filho de rico, é sempre o empregado. Por quê?

Num país em que os direitos nunca foram iguais, continuamos com uma política vergonhosa, numa lavagem de roupas sujas, acusações mútuas, bestialidades. Lima Barreto continuaria a chamá-lo de A República dos Estados Unidos da Bruzundanga. Na obra, encontramos uma política marcada por um jogo de interesses, que não passa de uma vulgar especulação de cargos e propinas, num conflituoso jogo de poder. Em que quase todos os políticos de destaque estão mais interessados em manter as suas regalias e, assim, garantirem o bem-estar de seus filhos. Isso aconteceu há tanto tempo, mas o autor já enxergava a educação como privilégio de poucos e faz referência às dificuldades que os pobres enfrentam para entrar numa escola de ensino superior.

E vem o horário político com a mesma história: a criação de mais e mais escolas técnicas – para filho de pobre. Aqueles que detêm o poder continuam a demarcação de limites.

Quando a gente tem tudo, não sabe o que é administrar o pouco. Para quem tem livros, Internet Velox, jornais, revistas, Sky e o escambau a quatro, estudar é fácil. Porem há tantos meninos inteligentes com tão pouco.

Eu leciono para eles, e é pensando neles, enxergando cada rostinho adolescente que escrevo esse desabafo, sei que professor não pode falar demais, mas creio que aqui eu falei menos, menos do que devia. Quando a gente ama verdadeiramente as pessoas, faz-se necessário enxergar o amanhã. Diferente do dizer do poeta: “É preciso amar, como se não houvesse amanhã.”

Há amanhã! E como disse um grande cristão e político, chamado Martin Luther King: “O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.”

Queridos, o voto é coisa séria, é direito adquirido, é também, coisa secreta. Não estou dizendo em quem votarei, penso muitas vezes que não há no momento o líder que eu sonhava. E, eu já sonhei...

O que eu sei é que há um Brasil que eu não quero ver nunca mais. Isso eu sei.
Sabedoria nos dê o Senhor, nosso Deus, para votarmos conforme a sua vontade. Cientes de que nada acontece sem a sua permissão - a Bíblia nos traz tantos exemplos de governantes ruins e o que lhes sucedeu, mantenhamos a nossa confiança no Senhor.

Analisem o passado e o presente, pesem e ponderem. Orem, quando a igreja ora, as portas são abertas, as situações se fazem claras. – Cl 4.2,3; Ap 3.8; Ef 6.19,20.

Hoje, o nosso maior propósito é orar por nossos governantes e crer em nossa capacidade de análise e discernimento.

O Senhor é por nós, o seu povo. “Esforçai-vos e tende bom ânimo; não temais, nem vos espanteis por causa do rei da Assíria, nem por causa de toda a multidão que está com ele, porque há um maior conosco do que com ele. Com ele está o braço de carne, mas conosco, o SENHOR, nosso Deus, para nos ajudar e para guerrear nossas guerras.”

2 Crônicas 32:7, 8A

Irmã Helena

"Nada no mundo é mais perigoso que a ignorância sincera e a estupidez consciente." Martín Luther King

Você precisa pensar coerentemente, inspirado na palavra do Senhor.

"A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz..."
Marina Silva 

Veja a íntegra da carta de Marina Silva:


"Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República

São Paulo, 17 de outubro de 2010



Prezada Dilma Roussef,

Prezado José Serra,

Agradeço, inicialmente, a deferência com que ambos me honraram ao manifestar interesse em minha colaboração e a atenção que dispensaram às propostas e ideias contidas na "Agenda para um Brasil Justo e Sustentável" que nós, do Partido Verde, lhes enviamos neste segundo turno das eleições presidenciais de 2010.

Embora seus comentários à Agenda mostrem afinidades importantes com nosso programa, gostaríamos que avançassem em clareza e aprofundamento no que diz respeito aos compromissos. Na verdade, entendemos que somos o veículo para um diálogo de ambos com os eleitores a respeito desses temas. Nesse sentido, mantemo-nos na posição de mediadores, dispostos a continuar colaborando para que esse processo alcance os melhores resultados.

Aos contatos que tivemos e aos documentos que compartilhamos, acrescento esta reflexão, que traz a mesma intenção inicial de minha candidatura: debater o futuro do Brasil.
Quero afirmar que o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência, reafirmando ideias e propostas, é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro.

Já disse algumas vezes que me sinto muito feliz por, aos 52 anos, estar na posição de mantenedora de utopias, como os brasileiros que inspiraram minha juventude com valores políticos, humanos, sociais e espirituais. Hoje vejo que utopias não são o horizonte do impossível, mas o impulso que nos dá rumo, a visão que temos, no presente, do que será real e terreno conquistado no futuro.

É com esse compromisso da maturidade pessoal e política e com a tranquilidade dada pelo apreço e respeito que tenho por ambos que ouso lhes dirigir estas palavras.

Quando olhamos retrospectivamente a história republicana do Brasil, vemos que ela é marcada pelo signo da dualidade, expressa sempre pela redução da disputa política ao confronto de duas forças determinadas a tornar hegemônico e excludente o poder de Estado. Republicanos X monarquistas, UDN X PSD, MDB X Arena e, agora, PT X PSDB.

Há que se perguntar por que PT e PSDB estão nessa lista. É uma ironia da História: dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira, para quebrar a dualidade existente à época de suas formações, se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas consequências.

Ambos, ao rejeitarem o mosaico indistinto representado pelo guarda-chuva do MDB, enriqueceram o universo político brasileiro criando alternativas democráticas fortes e referendadas por belas histórias pessoais e coletivas de lutas políticas e de ética pública.

Agora, o mergulho desses partidos no pragmatismo da antiga lógica empobrece o horizonte da inadiável mudança política que o país reclama. A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz e o debate de projetos capazes de reconhecer e absorver com naturalidade as diferentes visões, conquistas e contribuições dos diferentes segmentos da sociedade, em nome do bem-comum.

A permanência dessa dualidade destrutiva é característica de um sistema politico que não percebe a gravidade de seu descolamento da sociedade. E que, imerso no seu atraso, não consegue dialogar com novos temas, novas preocupações, novas soluções, novos desafios, novas demandas, especialmente por participação política.

Paradoxalmente, PT e PSDB, duas forças que nasceram inovadoras e ainda guardam a marca de origem na qualidade de seus quadros, são hoje os fiadores desse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites.
Esse pragmatismo, que cada um usa como arma, é também a armadilha em que ambos caem e para a qual levam o país. Arma-se o eterno embate das realizações factuais, da guerra de números e estatísticas, da reivindicação exclusivista de autoria quase sempre sustentada em interpretações reducionistas da história.

Na armadilha, prende-se a sociedade brasileira, constrangida a ser apenas torcida quando deveria ser protagonista, a optar por pacotes políticos prontos que pregam a mútua aniquilação.

Entendo, porém, que o primeiro turno de 2010 trouxe uma reação clara a esse estado de coisas, um sinal de seu esgotamento. A votação expressiva no projeto representado por minha candidatura e de Guilherme Leal sinaliza, sem dúvida, o desejo de um fazer político diferente.

Se soubermos aproveitá-la com humildade e sabedoria, a realização do segundo turno, tendo havido um terceiro concorrente com quase 20 milhões de votos, pode contribuir decisivamente para quebrar a dualidade histórica que tanto tem limitado os avanços políticos em nosso país.
Esta etapa eleitoral cria uma oportunidade de inflexão para todos, inclusive ou principalmente para vocês que estão diante da chance de, na Presidência da República, liderar o verdadeiro nascimento republicano do Brasil.

Durante o primeiro turno, quando me perguntavam sobre como iria compor o governo e ter sustentação no Congresso Nacional, sempre dizia que, em bases programáticas, iria governar com os melhores de cada partido. Peço que vejam na votação concedida à candidatura do PV algo que ultrapassa meu nome e que não se deixem levar por análises ligeiras.

Esses votos não são uma soma indistinta de pendores setoriais. Eles configuram, no seu conjunto, um recado político relevante. Entendo-os como expressão de um desejo enraizado no povo brasileiro de sair do enquadramento fatalista que lhe reservaram e escolher outros valores e outros conteúdos para o desenvolvimento nacional.

E quem tentou desqualificar principalmente o voto evangélico que me foi dado, não entendeu que aqueles com quem compartilho os valores da fé cristã evangélica, vão além da identidade espiritual. Sabem que votaram numa proposta fundada na diversidade, com valores capazes de respeitar os diferentes credos, quem crê e quem não crê. E perceberam que procurei respeitar a fé que professo, sem fazer dela uma arma eleitoral.

Os exemplos de cristãos como Martin Luther King e Nelson Mandela e do hindu Mahatma Ghandi mostram que é possível fazer política universal com base em valores religiosos. São inspiração para o mundo. Não há porque discriminar ou estigmatizar convicções religiosas ou a ausência delas quando, mesmo diferentes, nos encontramos na vontade comum de enfrentar as distorções que pervertem o espaço da política. Entre elas, a apropriação material e imaterial indevida daquilo que é público, seja por meio de corrupção ou do apego ao poder e a privilégios; a má utilização de recursos e de instrumentos do Estado; e o boicote ao novo.

Assim, ao contrário de leituras reducionistas, o apoio que recebi dos mais diversos setores da sociedade revela uma diferença fundamental entre optar e escolher. Na opção entre duas coisas pré-colocadas e excludentes, o cidadão vota "contra' um lado, antes mesmo de ser a favor de outro. Na escolha, dá-se o contrário: o voto se constrói na história, na ampliação da cidadania, na geração de novas alternativas em uma sociedade cada vez mais complexa.

A escolha, agora, estende-se a vocês. É a atitude de vocês, mais que o resultado das urnas, que pode demarcar uma evolução na prática política no Brasil. Podemos permanecer no espaço sombrio da disputa do poder pelo poder ou abrir caminho para a política sustentável que será imprescindível para encarar o grande desafio deste século, que é global e nacional.

Não há mais como se esconder, fechar os olhos ou dar respostas tímidas, insuficientes ou isoladas às crises que convergem para a necessidade de adaptar o mundo à realidade inexorável ditada pelas mudanças climáticas. Não estamos apenas diante de fenômenos da natureza.

O mega fenômeno com o qual temos que lidar é o do encontro da humanidade com os limites de seus modelos de vida e com o grande desafio de mudar. De recriar sua presença no planeta não só por meio de novas tecnologias e medidas operacionais de sobrevivência, mas por um salto civilizatório, de valores.
Não se trata apenas de ter políticas ambientais corretas ou a incentivar os cidadãos a reverem seus hábitos de consumo. É necessária nova mentalidade, novo conceito de desenvolvimento, parâmetros de qualidade de vida com critérios mais complexos do que apenas o acesso crescente a bens materiais.

O novo milênio que se inicia exige mais solidariedade, justiça dentro de cada sociedade e entre os países, menos desperdício e menos egoísmo. Exige novas formas de explorar os recursos naturais, sem esgotá-los ou poluí-los. Exige revisão de padrões de produção e um fortíssimo investimento em tecnologia, ciência e educação.
É esse, em síntese, o sentido do que chamamos de Desenvolvimento Sustentável e que muitos, por desconhecimento ou má-fé, insistem em classificar como mera tentativa de agregar mais alguns cuidados ambientais ao mesmo paradigma vigente, predador de gente e natureza.

É esse mesmo Desenvolvimento Sustentável que não existirá se não estiver na cabeça e no coração dos dirigentes políticos, para que possa se expressar no eixo constitutivo da força vital de governo. Que para ganhar corpo e escala precisa estar entranhado em coragem e determinação de estadista. Que será apenas discurso contraditório se reduzido a ações fragmentadas logo anuladas por outras insustentáveis, emanadas do mesmo governo.

E, finalmente, é esse o Desenvolvimento Sustentável cujos objetivos não se sustentarão se não estiver alicerçado na superação da inaceitável, desumana e antiética desigualdade social. Esta é ainda a marca mais resistente da história brasileira em todos os tempos, em que pesem os inegáveis avanços econômicos dos últimos 16 anos, que nos levaram à estabilidade econômica, e das recentes conquistas sociais que tiraram da linha da pobreza mais de 24 milhões de pessoas e elevaram à classe média cerca de 30 milhões de pessoas.

A sociedade, em sua sábia intuição, está entendendo cada vez mais a dimensão da mudança e o compromisso generoso que ela implica, com o país, com a humanidade e com a vida no Planeta. Os votos que me foram dados podem não refletir essa consciência como formulação conceitual, mas estou certa de que refletem o sentimento de superação de um modelo. E revelam também a convicção de que o grande nó está na política porque é nela que se decide a vida coletiva, se traçam os horizontes, se consolidam valores ou a falta deles.

Essa perspectiva não foi inventada por uma campanha presidencial. Os votos que a consagram estão sendo gestados ao longo dos últimos 30 anos no Brasil, desde que a luta pela reconquista da democracia juntou-se à defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no campo e na floresta.

Parte importante da nossa população atualizou seus desafios, desejos e perspectivas no século 21. Mas ainda tem que empreender um esforço enorme e muitas vezes desanimador para ser ouvida por um sistema político arcaico, eleitoreiro, baseado em acordos de cúpula, castrador da energia social que é tão vital para o país quanto todas as energias de que precisamos para o nosso desenvolvimento material.
Estou certa de que estamos no momento ao qual se aplica a frase atribuída a Victor Hugo: "Nada é mais forte do que uma idéia cujo tempo chegou".

O segundo turno é uma nova chance para todos. Para candidatos e coligações comprometerem-se com propostas e programas que possam sair das urnas legitimados por um vigoroso pacto social entre eleitos e eleitores. Para os cidadãos, que podem pensar mais uma vez e tornar seu voto a expressão de uma exigência maior, de que a manutenção de conquistas alie-se à correção de erros e ao preparo para os novos desafios.

Mesmo sem concorrer, estamos no segundo turno com nosso programa, que reflete as questões aqui colocadas. Esta é a nossa contribuição para que o processo eleitoral transcenda os velhos costumes e acene para a sustentabilidade política que almejamos.

Como disse, ousei trazer a vocês essas reflexões, mas não como formalidade ou encenação política nesta hora tão especial na vida do pais. Foi porque acredito que há terreno fértil para levarmos adiante este diálogo. Sei disso pela relação que mantive com ambos ao longo de nossa trajetória política.

De José Serra guardo a experiência de ter contado com sua solidariedade quando, no Senado, precisei de apoio para aprovar uma inédita linha de crédito para os extrativistas da Amazônia e para criar subsídio para a borracha nativa. Serra dispôs-se a ele mesmo defender em plenário a proposta porque havia o risco de ser rejeitada, caso eu a defendesse. Com Dilma Roussef, tenho mais de cinco anos de convivência no governo do presidente Lula. E, para além das diferenças que marcaram nossa convivência no governo, essas diferenças não impediram de sua parte uma atitude respeitosa e disposição para a parceria, como aconteceu na elaboração do novo modelo do setor elétrico, na questão do licenciamento ambiental para petróleo e gás e em outras ações conjuntas.

Estou me dirigindo a duas pessoas dignas, com origem no que há de melhor na história política do país, desde a generosidade e desprendimento da luta contra a ditadura na juventude, até a efetividade dos governos de que participaram e participam para levar o país a avanços importantes nas duas últimas décadas.
Por isso me atrevo, seja quem for a assumir a Presidência da República, a chamá-los a liderar o país para além de suas razões pessoais e projetos partidários, trocando o embate por um debate fraterno em nome do Brasil. Sem esconder as divergências, vocês podem transformá-las no conteúdo do diálogo, ao compartilhar idéias e propostas, instaurando na prática uma nova cultura política.

Peço-lhes que reconheçam o dano que a política atrasada impõe ao país e o risco que traz de retrocessos ainda maiores. Principalmente para os avanços econômicos e sociais, que a sociedade brasileira, com justa razão, aprendeu a valorizar e preservar.

Espero que retenham de minha participação na campanha a importância do engajamento dos jovens, adolescentes e crianças, que lhes ofereçam espaço de crescimento e participação. Que acreditem na capacidade dos cidadãos e cidadãs em desejar o novo e mostrar essa vontade por meio do seu voto. Que reconheçam na sociedade brasileira uma sociedade adulta, o que pressupõe que cada eleitor escolha o melhor para si e para o país e o expresse, de forma madura, livre e responsável, sem que seu voto seja considerado propriedade de partidos ou de políticos. Pois, como repeti inúmeras vezes no primeiro turno, o voto não era meu, nem da Dilma, nem do Serra. O voto é e sempre será do eleitor e de sua inalienável liberdade democrática.

Esta é minha contribuição, ao lado das diretrizes de programa de governo que são um retrato do amadurecimento de quase 30 anos de construção do socioambientalistmo no Brasil. Espero que a acolham como ela é dada, com sinceridade. A utopia, mais que sinal de ingenuidade, é mostra de maturidade de um povo cujo olhar eleva-se acima do chão imediato e anseia por líderes capazes de fazer o mesmo.

Que Deus continue guiando nossos caminhos e abençoando nossa rica e generosa nação.

Marina Silva

Para o Brasil seguir mudando



Religioso pernambucano diz que Dilma não fugiu à Luta; Serra, sim

Acompanhe a íntegra da carta.




Carta a D. Paulo e Hélio Bicudo - os panfletos da CNBB

Eminentíssimo Sr. Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns

É uma pena que tenhamos de assistir a estas recentes e surpreendentes manifestações vindas da parte dos Senhores. Os senhores, em nome da democracia, optam pela "alternância do poder". Não aguentam mais oito anos de permanência e continuidade de um rumo que o país tomou, depois de 500 anos, ao longo dos quais, praticamente, não houve verdadeira alternância de poder, pois só grupos oligárquicos, das elites político-econômicas rurais ou urbanas se revezaram na dominação, com exclusividade, do povo deste país. Toda a corrupção desses 500 anos de dominação dessas elites político-econômicas parecem merecer um olhar de compreensão e perdão da parte dos Senhores. Mas para o que houve de corrupção ao longo dos oito anos do Governo Lula, toda condenação e imperdoabilidade é pouca.

Eu até acho bom, por uma parte, que sejam tão exigentes com o Governo Lula, só que precisam agradecer-lhe pela abertura democrática e pela eficiência e pleno funcionamento dos órgãos de controle e fiscalização do próprio Governo que permitiram todos esses erros virem às claras e já terem sido, em boa parte, punidos.

"Prezado Hélio e prezado Cardeal, pela história que vocês até pouco construíram, eu lhes peço que, pelo menos, se calem até o dia 31 de outubro. Que não contribuam com sua palavra, até pouco tão carregada de autoridade, para contrariar a expectativa dos empobrecidos e excluídos deste país, que pela primeira vez viram um Governo, realmente, inverter prioridades e governar na direção deles, e desejam muito que esse novo rumo tomado pelo país, há apenas oito anos, não seja tão logo mudado. E levem em conta, também, que, em matéria de credibilidade pessoal, a Dilma que vocês, provavelmente, visitaram e defenderam quando presa e torturada nos porões da ditadura militar por ter abraçado generosamente a luta pelas causas do povo, merece bem mais que o Serra, o qual, na condição de auto-exilado no Chile, desfrutou de todas as honras, vantagens e oportunidades. O Hino Nacional, como alguém, antes mim, muito bem já lembrou, assim reza: "Verás que um filho teu não foge à luta". Foi o que ela fez. Ele, não."

Muito agradecido por sua atenção,

Reginaldo Veloso,
presbítero das CEBs, Assistente do Movimento de Trabalhadores Cristãos - MTC,
Recife - PE




Raimundo Carrero deixa a UTI


Após sofrer um AVC no início desta semana, o escritor Raimundo Carrero deixou na tarde dessa sexta a Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Português.
O autor, que está com déficit de movimentos no lado esquerdo, vem sendo submetido a sessões de fisioterapia. Ele deve receber neste sábado (23) a visita do secretário de cultura, Ariano Suassuna.
Carrero recebeu este ano o Prêmio São Paulo de Literatura, pelo romance Minha alma é irmã de Deus.

Publicado em 23.10.2010, às 07h57
Do JC Online

Raiumundo, estamos orando por você!

O Continente Africano em busca de desenvolvimento

Esta turminha trabalhou o tema O Continente Africano em busca de desenvolvimento. Da direita para esquerda temos: Lívia, Isabela, Rebeca, Victoria, Eduarda e Luana .

A turminha apresentou  informações importantes sobre o Continente Africano -o segundo continente mais populoso do mundo -,  abordou assuntos como a história dos povos africanos sua cultura e religiões, sua arte. Questionou problemas como o analfabetismo, a fome,  as epidemias (a AIDS é a principal) e os conflitos étnicos armados (alguns países vivem em processo de guerra civil).
Falou-se também que na África nem tudo é pobreza.

Valeu, turminha!

domingo, 24 de outubro de 2010

Grande é o Senhor


"Grande é o Senhor
E mui digno de louvor
Na cidade do nosso Deus
Seu Santo monte
Alegria de toda terra

Grande é o Senhor
Em quem nós temos a vitória
E que nos ajuda
Contra o inimigo
Por isso diante Dele
Nos prostramos

Queremos o Teu
Nome engrandecer
E agradecer-Te
Por Tua obra
Em nossas vidas

Confiamos em Teu
Infinito amor
Pois só Tu és
O Deus eterno
Sobre toda terra e céus"

(Adhemar de Campos)

Engenharia de valor: uma nova metodologia para a sustentabilidade

"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito."

Romanos 8:28

Essa turminha trabalhou o tema Engenharia de valor: uma nova metodologia para a sustentabilidade e garantiu o 3o. lugar, parabéns! Da esquerda para direita temos: Emily Ellen, Marina Dinari, Marly Rozas, Mariana Moreira, Manuelly Barbosa, Amanda Fonseca e Letícia Matias.


Aqui, falou-se sobre engenharia de valor um método que visa a redução de gastos e da agressão ao meio ambiente, ou seja,  é a relação entre o máximo desempenho com a redução de custos, na engenharia civil, que é hoje , um dos maiores setores da economia mundial.
Salientou-se  peculiaridades da construção civil, apresentaram-se  projetos em que mecanismos arquitetônicos são utilizados para aplicação da engenharia sustentável, e as melhorias que o método oferece ao meio ambiente e refletem em nossas vidas.

"Um esforço organizado para atingir o valor ótimo de um produto, sistema ou serviço, promovendo as funções necessárias ao menor custo. A engenharia do valor (EV) é utilizada para projetos e produtos na fase de desenvolvimento."

Valeu, turminha!
Foi muito bom subir com vocês.

"Grande é o Senhor em quem nós temos a vitória!"

Ecodesing

Essa turminha apresentou o Ecodesing como ferramenta necessária à sustentabilidade, mostrou que muitos dos  objetos  que  jogamos fora  podem ser reaproveitados , evitando assim, acúmulo de lixo e prejuízo à natureza.

Esta turminha trabalhou o tema Ecodesing. Da esquerda para direita temos: Tamyres Pimentel, Lucas Marcelo, Gabriela Roma, Samara Lacerda, Profa. Nelson, Raul Santos, Bruna Caúla e Túlio Tenório.

Nelson é prova viva disso!

O mundo não sustentável: essa é a nossa realidade e o futuro?


Eu não sou contra o progresso,
mas apelo pro bom senso.
Um erro não conserta o outro,
isso é o que eu penso.
Roberto Carlos




Essa turminha apontou problemas ambientais que hoje afetam o nosso planeta a fim de apelar para o bom senso das pessoas. Trouxe imagens impactantes que mostravam as consequências das ações humanas na natureza.

Esta turminha trabalhou o tema O mundo não sustentável: essa é a nossa realidade e o futuro? Da esquerda para direita temos: Rayane Fleisschman, Mariane Branco, Bianca Marques, Diego Souza, Rubens Felipe, Victor Santos, Ana Cláudia.

Valeu, turminha!

A sustentabilidade das abelhas

Esta turminha trabalhou o tema A sustentabilidade das abelhas. Da esquerda para direita temos: Pedro Roberto, Daniel Barcelar, Rafael Veiga, Rodrigo Ortigoza, Guilherme Cavalcanti, Leonardo Almeida e Mike Lessa.
Essa turminha observou a vida das abelhas: como se desenvolvem, como constroem a colmeia, como se organizam e cuidam de sua sustentabilidade.

Energia renovável

Esta turminha trabalhou o tema Energia renovável. Da esquerda para direita temos: Luan Gabriel, Lucas Ribeiro, Pedro Henrique, Israel bezerra, Leandro Cavalcante, Tiago Fulco e Tiago Silva.


Valeu, turminha!

Essa turminha observou  os tipos de energia renováveis – retiradas de recursos naturais como o sol , vento, chuva, marés e calor- suas vantagens e desvantagens para o planeta .
Esta turminha trabalhou o tema Recuperação da flora. Da esquerda para direita temos: Homero filho, Arthur Coelho, Felipe Omena, Mateus Ataíde e Antônio Briano.


A turminha observou os motivos que levam à exploração da nossa flora, suas consquências, os tipos de reflorestamento e estratégias para recuperação da flora.

Sustentabilidade econômica nas grandes cidades

Esta turminha falou sobre o tema Sustentabilidade econômica nas grandes cidades.
Da esquerda para direita temos: Júlia Cavalcanti, marina Serafin e Ananda Santos.

A equipe falou sobre os problemas ambientais das grandes cidades e apresentou projetos sustentáveis para as cidades do futuro.

Alimentos: nutrientes alimentares


O grupo apresentou o tema Alimentos: nutrientes alimentares. Da esquerda para direita temos: Lúcia Ferrari, Anderson Lima, José Nunes Neto, Saulo Luiz, Erick Barros e Davi Souto.


A turminha falou sobre a importância de ter uma alimentação saudável- vários tipos de alimentos-, explicou como fazer uma dieta balanceada não esquecendo os alimentos indispensáveis à saúde e, por fim, fez um alerta contra o desperdício de alimentos.
Valeu, turminha!

Greenpeace e suas metas para um mundo sustentável

O grupo apresentou o tema Greenpeace e suas metas para um mundo sustentável.Da esquerda para direita temos: Larissa Rangel, João Phillipe, Rodrigo Rizzardi, Hendrick dos Guimarães, Eveline de Barros, Gabriella Agnes,e GabrielaDalita 
A turminha deixou claro que o Greenpeace não é só um símbolo de preservação ambiental, mas um grupo de pessoas preocupadas com o planeta e as futuras gerações.

As crianças fizeram um protesto consciente. Durante a ExpoAgenes , os apitos soaram e as apresentações foram interrompidas. As pessoas reclamavam do barulho, mas foi só um minuto para parar e pensar no futuro do planeta.  
Valeu, turminha!

Fitoterápicos: solução para uma vida perfeita

Esta turminha apresentou o tema Fitoterápicos: solução para uma vida perfeita.
Da esquerda para direita temos: Laís Rodrigues, Alanna Marques, Laís Bezerra,
Lorenna Araújo, Priscila Marinho e Marcelle Andrade.

O Grupo discerniu Fitoterapia e Homeopatia, mas deteve-se no estudo da primeira. Trouxe - nos informações quanto ao uso: vantagens e desvantagens e conscientizou as pessoas do perigo do uso indevido de produtos fitoterápicos para cura de doenças graves .

Valeu, turminha!

Projetos sustentáveis

Esta turminha apresentou o tema Projetos sustentáveis.
Da esquerda para direita temos: Alexandre Souza, Ícaro- escondido- Henrique, meu filho,
Vinícius Frade, Heitor Torchia, Lucas Pitt e Arthur Frade

Maquete que simboliza a Faber Castell e seu compromisso
 com o meio ambiente.
                  A empresa entende que o respeito à natureza é parte fundamental
 em todas
 as etapas dos seus negócios. 
Os alunos explicaram que "esse cuidado se reflete desde a escolha das áreas de plantio das árvores até o processo industrial ambientalmente responsável, com o desenvolvimento de programas de preservação da biodiversidade local, solos e águas, reciclagem e destino correto de resíduos, chegando até a educação ambiental de colaboradores diretos e indiretos e da comunidade."


ExpoAgnes 2010

Oi, turminha!

Em primeiro lugar, quero parabenizá-los pelo grande sucesso da nossa ExpoAgnes 2010. Foi um evento maravilhoso e inteligente. Espero que todos que participaram desse momento de aprendizagem, tenham se apercebido da importância da seguinte pergunta: “Que filhos deixaremos para o nosso planeta?”.

Quem participou da Expoagenes sabe responder, já que durantes meses,  estudamos  e pesquisamos a palavra sustentabilidade, contextualizando-a em diversos aspectos sociais e individuais.

Em sala de aula, tentamos responder à pergunta: “Você se preocupa com o futuro?” Assim, trabalhamos textos que comentavam a importância de termos consciência de nossos atos e, ao mesmo tempo, tentavam convencer seus leitores a pensarem sobre o assunto.

Foi fácil entender que Sustentabilidade é consciência, e que “não adianta chorar o leite derramado, a árvore derrubada e colocar a culpa nas gerações passadas.”


Nós descobrimos também, a importância da sustentabilidade pessoal, pois “atender às necessidades pessoais exige estratégia”. E Sustentabilidade é “satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de garantir as necessidades do futuro.”

Isso vale não só para o planeta, mas para uma empresa, uma família e cada um de nós. Administrar o que possuímos estrategicamente é pensar  de forma sustentável.

Parabéns, turminha!

sábado, 16 de outubro de 2010

Parabéns, professores!

"Aos velhos e jovens professores,aos mestres de todos os tempos que foram agraciados pelos céus por essa missão tão digna e feliz.Ser professor é um privilégio. Ser professor é semear em terreno sempre fértil e se encantar com a colheita. Ser professor é ser condutor de almas e de sonhos, é lapidar diamantes"

Gabriel Chalita

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Receita contra dor de amor




Chore um mar inteiro com todos os seus barcos a vela.



Chore o céu e as suas estrelas os seus mistérios e o


seu silêncio.


Chore um equilibrista caminhando sobre a face de um poema.


Chore o sol e a lua a chuva e o vento para que uma nova


semente entre pela janela a dentro.


Autor:Roseana Murray

Morfossintaxe - Exercícios

1. Na oração: “Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do sujeito é:

a) todos;

b) fazenda;

c) vizinha;

d) vaqueiros;

e) pressas.

2. Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:

a) chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito composto);

b) fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado);

c) vai fazer frio à noite (sujeito inexistente);

d) haverá oportunidade para todos (sujeito inexistente);

e) não existem flores no vaso (sujeito inexistente).


3. Em “Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta”, o sujeito desta oração é:

a) subentendido;

b) claro, composto e determinado;

c) indeterminado;

d) inexistente;

e) claro, simples e determinado.


4. Indique a única frase que não tem verbo de ligação:

a) o sol estava muito quente;

b) nossa amizade continua firme;

c) suas palavras pareciam sinceras;

d) ele andava triste;

e) ele andava rapidamente.


5. Considere a frase: “Ele andava triste porque não encontrava a companheira”, os verbos grifados são respectivamente:

a) transitivo direto - de ligação;

b) de ligação - intransitivo;

c) de ligação - transitivo - indireto;

d) transitivo direto - transitivo indireto;

e) de ligação - transitivo direto.


6. “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é:

a) sujeito;

b) objeto direto;

c) objeto indireto;

d) complemento nominal;

e) agente da passiva.


7. Na oração “Mestre Reginaldo, o impoluto, é uma sumidade no campo das ciências” - o termo grifado é:

a) adjunto adnominal;

b) vocativo;

c) predicativo;

d) aposto;

e) sujeito simples.


8. Na expressão: “por todos era apedrejado o Luizinho”, o termo grifado é:

a) objeto direto;

b) objeto indireto;

c) sujeito;

d) complemento nominal;

e) agente da passiva.

9. Dentre as orações abaixo, uma contém complemento nominal. Qual?

a) Meu pensamento é subordinado ao seu.

b) Você não deve faltar ao encontro.

c) Irei à sua casa amanhã.

d) Venho da cidade às três horas.

e) Voltaremos pela rua escura ...

10. Em “a linguagem do amor está nos olhos” – os termos grifados são respectivamente:

a) complemento nominal e predicativo do sujeito;

b) adjunto adnominal e predicativo do sujeito;

c) adjunto adnominal e objeto direto;

d) complemento nominal e adjunto adverbial;

e) adjunto adnominal e adjunto adverbial.

11. “Diga ao povo que fico” é um período:

a) simples;

b) composto por coordenação;

c) composto por subordinação;

d) composto por coordenação e subordinação;

e) composto de três orações.


12. Confiamos no futuro Desconhecemos as coisas do futuro. Temos confiança no futuro

- Nas expressões acima, os termos grifados funcionam respectivamente, como:

a) objeto indireto; adjunto adnominal; complemento nominal;

b) objeto indireto; complemento nominal; objeto indireto;

c) objeto indireto; objeto indireto; complemento nominal;

d) objeto direto; adjunto adnominal; objeto indireto;

e) objeto direto; sujeito; complemento nominal.

13. O predicado é nominal em:

I - Você acha Cristina bonita, mamãe?

II - O mundo podia ser tranquilo.

III - “Zé Mané” não estava embriagado.

IV - O guarda noturno permanece atento a todos os perigos.

V - Os transeuntes ficaram assustados.

a) I - II - III;

b) II - III;

c) II - IV;

d) III - IV - V - II;

e) I - II - IV.

14. Em: “Bebe que é doce, papai” – a palavra grifada funciona como:

a) sujeito;

b) aposto;

c) vocativo;

d) adjunto adverbial;

e) adjunto adnominal.

15. Só muito mais tarde vim, a saber, que a chuva os ___________ na estrada e que não _________ ninguém que ______________.

a) detera; houve; os ajudasse;

b) detivera; houve; os ajudasse;

c) detera; teve; ajudasse eles;

d) detivera; houve; ajudasse eles;

e) detivera; teve; os ajudasse.


16. Se ele _________, não ___________ de rogado, ___________ que não os receberei.

a) vir – te faças – diz-lhe

b) vier – te faz – diz-lhe

c) vir – te faça – dizer-lhe

d) vier – te faças – dize-lhe

e) ier – te faças – diga-lhe

17. “Ele ___________ o carro a tempo, mas não ____________ a irritação e ___________ - se com o outro motorista”.

a) freou – conteve – desaveio

b) freiou – conteu – desaveu

c) freou – conteve – desaviu

d) freiou – conteve – desaveio



18. Assinale a frase em que há um erro de conjugação verbal:

a) Requeiro-lhe um atestado de bons antecedentes.

b) Ele interviu na questão.

c) Eles foram pegos de surpresa.

d) O vendeiro proveu o seu armazém do necessário.

e) Os meninos desavieram-se por causa do jogo.



19. – Assinale a sequência de conjunções que estabelecem, entre as orações de cada item, uma correta relação de sentido.


1. Correu demais, ... caiu.

2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.

3. A matéria perece, ... a alma é imortal.

4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens com detalhes.

5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.


a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto

b) por isso, porque, mas, portanto, que

c) logo, porém, pois, porque, mas

d) porém, pois, logo, todavia, porque

e) entretanto, que, porque, pois, portanto

20. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, oração sublinhada pode indicar uma idéia de:

a) concessão
b) oposição
c) condição
d) lugar
e) consequência

21- Determine o valor semântico das conjunções: adição, oposição, escolha, conclusão, explicação, causa, comparação, condição, concessão.
a) Não só conversa como também atrapalha os colegas.
b) Faça estes exercícios, pois fazem parte da matéria da prova.
c) O sol demorou a surgir, por isso fomos à praia mais tarde.
d) Eram idéias interessantes, porém ninguém concordou com elas.
e) Não cumpriu sua promessa; ficamos, portanto, desapontados com sua atitude.
f) Como é estudioso sempre sai na frente.
g) Vocês são mais estudiosos que os outros
i) Caso vá à festa, avise-me.
j) À proporção que estuda mais aprende.



22. Observe as frases abaixo:
1. O perigo de desabamento está próximo.

2. No levantamento da população de São Paulo houve distorções.

3. Na repartição das armas, a presença do furriel é importante.

4. Toda espécie de contrabando de drogas deve ser repreendido.



Os vocábulos grifados equivalem respectivamente a:

a) iminente, censo, seção e tráfego.

b) iminente, censo, seção e tráfico.

c) eminente, senso, cessão e tráfico.

d) eminente, senso, sessão e tráfego.



23. Quanto à paronímia, assinale a alternativa correta:

a) O meu pai sempre foi um pião de fábrica, um líder no lar, um homem justo.

b) Diante de minha sólida argumentação, só restou ao tenente diferir meu requerimento.

c) Tive gana de provocar um prejuízo vultuoso na firma. Afinal, era um bom tesoureiro.

d) Não o cria tão insensível quanto parecia. A discrição impunha-lhe tenaz

responsabilidade.



24. A alternativa que representa o par de orações em que ocorre o mesmo caso de

homonímia é:

a) O alfaiate coseu bem o terno. / O marido cozeu o feijão.

b) Cerraram todas as portas durante a greve. / Serraram as madeiras.

c) A aluna foi descriminada pela sua falta. / Os colegas a discriminaram.

d) Ele passou-lhe um cheque sem fundo. / Deu-lhe um xeque no jogo de xadrez.

e) Tudo ocorreu antes, como havíamos previsto. / Quando estou com fome, como

qualquer coisa.



25. Assinale a alternativa em que a associação está correta:
I. Deus fez a luz; depois criou a natureza e, finalmente, formou o homem.
II. Se quiseres vencer na vida, cultiva a paciência e segue a lei do Amor.
III. Sabemos que o homem chegou à Lua.
IV. Com aquela viagem, queria ter uma visão ampla sobre a situação do Brasil no mundo atual.

A- Período composto por coordenação.
B- Período composto por subordinação.
C- Período simples.

D- Período composto por coordenação e subordinação.

( )I-A; II-B; III-C; IV-D

( )I-B; II-A; III-D; IV-C

(X )I-A; II-D; III-B; IV-C


Turminha,

A nossa aula de hoje foi muito boa, trabalhamos a apostila e, infelizmente, só conseguimos chegar até a questão de número doze. Assim, vai o gabarito até a 12. O restante postarei no próximo sábado. Beijo

1D , 2E, 3A, 4E,5E, 6E, 7D, 8E, 9A, 10 E, 11C, 12A
13D, 14C, 15.E, 16.D, 17A, 18B, 19 B, 20 C, 22b, 23. D, 24C