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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Para você



Imagem retirada de http://tettoarquitetura.blogspot.com/


Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores.
Antes tem o seu prazer na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite.
Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará.
                                         Salmos 1. 1-3

Conjunções - exercícios

Oi, turminha!

Mais exercícios para treino.

1. Classifique as conjunções destacadas nas frases abaixo:

a) Hoje estou com um humor péssimo, porque briguei com mamãe.

b) Quando acordei, minha bolsa havia sumido.

c) Conforme eu já sabia, tirei nota baixa.

d) Ainda que eu sofra, não voltarei.

e) Caso você saia, feche a porta.

f) Estudei o assunto, mas não entendi nada.

g) Li e reli o livro.

h) Ou você me engana ou não está maduro.

i) Não só se atrasou, mas também esqueceu  o trabalho de português.

j) À proporção que estuda, mais aprende. 

 Respostas:
a.  Conjunção subordinativa causal.
b. Conjunção subordinativa temporal.
c. Conjunção subordinativa conformativa.
d.  Conjunção subordinativa concessiva.
e. Conjunção subordinativa condicional.
f.  Conjunção coordenativa adversativa.
g. Conjunção coordenativa aditiva.
h.  Conjunção coordenativa alternativa.
i. Conjunção coordenativa aditiva.
j. Conjunção subordinativa proporcional.

Conjunções coordenativas

Conjunções subordinativas





Colocação pronominal - exercícios

Oi, turminha!

Mais exercícios para treino.



Me ajuda ai ô!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

1. (OMEC) Assinale a frase em que há pronome enclítico:

a) Far-me-ás um favor?
b) Nada te direi a respeito.
c) Convido-te para a festa.
d) Não me fales mais nisso.
e) Dir-se-ia uma incoerência.

2. (MACKENZIE) Assinale a alternativa que apresenta erro de colocação pronominal:

a) Você não devia calar-se.
b) Não lhe darei qualquer informação.
c) O filho não o entendeu.
d) Se apresentar-lhe os pêsames, faça-o discretamente.
e) Ninguém quer aconselhá-lo.

3. (MED. SANTO ANDRÉ) Assinale a alternativa em que todos os pronomes pessoais estão colocados corretamente, segundo o uso clássico da língua portuguesa:

a) Eu o vi, não lhe falei, darei-te o livro.
b) Eu o vi, falei-lhe, nada lhe direi.
c) Nada dir-lhe-ei, não o estimo, Deus ajude-nos.
d) Deus nos ajude! Não quero te ofender, mas vai-te embora.
e) Me dá o livro, que eu te devolvo assim que o ler.

4.Em que alternativa NÃO há erro na colocação do pronome?

a) Preciso vê-lo, me disse o rapaz.
b) Este é um trabalho que absorve-se muito.
c) Far-se-á tudo para que se salvem.
d) Não arrepender-se-ia de haver dito a verdade.
e) Em pondo-se o sol os pássaros debandam.

5. O pronome pessoal oblíquo átono está bem colocado em um só dos períodos. Qual?


a) Isto me não diz respeito! Respondeu-me ele, afetadamente .
b) Segundo deliberou-se na sessão, espero que todos apresentem-se na hora conveniente .
c) Os conselhos que dão-nos os pais, levamo-los em conta mais tarde.
d) Amanhã contar-lhe-ei por que peripécias consegui não envolver-me.

6. O funcionário que se inscrever, fará prova amanhã:
1. Ocorre próclise em função do pronome relativo
2. Deveria ocorrer ênclise
3. A mesóclise é impraticável
4. Tanto a ênclise quanto a próclise são aceitáveis
a) Correta apenas a 1ª afirmativa
b) Apenas a 2ª é correta
c) São corretas a 1ª e a 3ª
d) A 4ª é a única correta

7. O pronome está mal colocado em apenas um dos períodos. Identifique-o:


a) Finalmente entendemos que aquela não era a estante onde deveriam-se colocar cristais .
b) Ninguém nos falou, outrora, com tanta sinceridade .
c) Não se vá, custa-lhe ficar um pouco mais?
d) A mão que te estendemos é amiga.

8. Identifique nas frases a colocação pronominal, justificando-as.

a) "Vou-me embora pra Pasárgada ..."
R. Ênclise - quando o verbo inicia oração.

b) Nunca me deram amor.
R. Próclise - o advérbio nunca atrai o pronome oblíquo.

c) Nem tudo se compra.
R. Próclise - a palavra negativa nem e o pronome indefinido tudo atraem o pronome se.

d) Consumir-se-á a vida toda em palavras.
R. Mesóclise - o verbo se encontra no futuro de presente e não é antecedido de palavra atrativa.

e) Recusou a proposta de emprego, fazendo-se de desentendida.
R. Ênclise - verbo no gerúndio.

9. Qual das alternativas a seguir não traz exemplo adequado de colocação pronominal?
a) Me disseram que a vida acabaria cedo.
b) Furta-se-á a dizer a verdade sobre os sapatos novos e caros.
c) Digam-me uma coisa: é possível ser feliz?
d) Ela quis comprar a vida, mas a vida não se compra.

10. Justifique os casos proclíticos das frase abaixo:

a) Isso me comoveu deverasmente.
R.  Pronome demonstrativo atrai próclise.

b) A pessoa que me telefonou , não se identificou.
R. Pronome relativo atrai próclise.

c) Escrevia, conforme me lembrava.
R. Conjunção subordinativa atrai próclise.

d) Aqui se brinca!
R. Advérbio atrai próclise.

e) Quem te disse que eu te amo?
R. Pronome interrogativo atrai próclise.



Gabarito -  1 C, 2 D, 3 B, 4 C, 5 A, 6 C, 7 A, 9 A,

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Para você






Imagem retirada de:http://upevora.com/

Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário?
Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

Mateus 6. 25-26

PEQUENO ESCLARECIMENTO




Os poetas não são azuis nem nada, como pensam alguns supersticiosos, nem sujeitos a ataques súbitos de levitação. O de que eles mais gostam é estar em silêncio - um silêncio que subjaz a quaisquer escapes motorísticos e declamatórios. Um silêncio... Este impoluível silêncio em que escrevo e em que tu me lês.

Mario Quintana - A vaca e o hipogrifo

A Reportagem que genero é esse?



A reportagem é um gênero textual de caráter informativo. Nesse tipo de texto , a subjetividade do autor pode aparecer de forma mais explícita , por meio de expressões em primeira pessoa, opiniões e até histórias pessoais relacionadas à busca por fontes de informações.
 
A pauta da reportagem surge do olhar do repórter ( representando o veículo para o qual trabalha) sobre a realidade. É uma questão de escolha : o que, entre as inúmeras informações que nos cercam, pode interessar ao leitor?
Para a inevitável subjetividade envolvida nessa escolha, antes de serem feitas , as reportagens costumam ser planejadas  - em textos chamados pautas - e discutidas - na reunião de pauta.
 
A pauta tem duas finalidades básicas . A primeira é convencer o editor de que certo assunto merece ser tratado, apresentando o que ele tem de importante, atual e original. A segunda é orientar o trabalho do repórter.
 
O objetivo da reportagem é levar os fatos ao leitor ou telespectador de maneira abrangente. Isso implica em um fator essencial a um jornalista: falar bem e escrever bem.

Televisionada a reportagem deve ser transmitida por um repórter que possui dicção pausada e clara e linguagem direta, precisa e sem incoerências. Além de saber utilizar a entonação que dá vida às palavras, uma vez que representa na fala os sinais de pontuação!

Impressa, a reportagem deve demonstrar capacidade intelectual, criatividade, sensibilidade quanto aos fatos e uma escrita coerente, que dinamiza a leitura e a torna fluente! Por essas questões, a subjetividade está mais presente nesse tipo de reportagem do que no outro, apontado acima!

Atualmente, com o desenvolvimento dos softwares, os repórteres têm mais recursos visuais e gráficos disponíveis, o que chama a atenção para a notícia.

Em meio aos fatos presenciados e que deverão ser transmitidos, cada repórter tem seu estilo próprio de conduzir ou de narrar os acontecimentos. Por isso, a reportagem pode ser a mesma, mas a maneira como é comunicada é diferente de um profissional para outro! Para o leitor ou telespectador é ótimo, pois ele poderá optar, por exemplo, por um jornal falado no qual se identifique com o tipo de linguagem!

Qual a diferença entre notícia e reportagem?

A notícia é um gênero textual que circula na esfera jornalística em diferentes veículos de comunicação . Produzida para ser consumida rapidamente, tem prazo de validade bastante curto.  Trata-se de um texto que nos oferece informações sobre o que se passa a nossa volta - seja em nossa cidade, em nosso país ou no mundo - e elementos a respeito da realidade e agir sobre ela.

A notícia apresenta um caráter mais imediato, a reportagem pode tratar de fatos que não sejam tão atuais , uma vez que a função do texto é diversa: a reportagem acrescenta detalhes e contextualização ao que foi relatado. Na reportagem há a necessidade da pesquisa, detalhamento, informações em boxes, ampliação do fato principal, consistência argumentativa, opiniões do entrevistado e também do jornalista, etc.

É importante perceber que a reportagem requer preparo prévio:
entrevistas, por meio das quais são obtidas informações, diretamente das fontes primárias. Essa entrevista pode ser transcrita ou diluída na reportagem como recurso argumentativo expresso por vozes polifônicas ( a reportagem deve estar amparada em mais de uma fonte).
Não se esqueça de adequar a linguagem do texto ao público leitor, afinal é assim que agem os jornalistas.

Não esqueça!

Na esfera jornalística, a reportagem é um relato mais abrangente que a notícia, pois não se restringe à divulgação de um fato novo, do interesse da comunidade; acrescenta ao fato o trabalho investigativo do repórter, que apura dados e confronta opiniões de pessoas envolvidas na questão abordada.

A reportagem escrita é dividida em três partes: manchete, lead e corpo.

Manchete: compreende o título da reportagem que tem como objetivo resumir o que será dito. Além disso, deve despertar o interesse do leitor.

Lead: pequeno resumo que aparece depois do título, a fim de chamar mais ainda a atenção do leitor.

Corpo: desenvolvimento do assunto abordado com linguagem direcionada ao público-alvo!


Fonte:Gonçalves Barreto, Ricardo.  Ser Protagonista - Português - 
 http://www.brasilescola.com/redacao/a-reportagem.htm

segunda-feira, 5 de setembro de 2011


A GENTE AINDA NÃO SABIA

A gente ainda não sabia que a Terra era redonda.

E pensava-se que nalgum lugar, muito longe
Deveria haver num velho poste uma tabuleta qualquer

— uma tabuleta meio torta
E onde se lia, em letras rústicas: FIM DO MUNDO.

Ah! Depois nos ensinaram que o mundo não tem
E não havia remédio senão irmos andando às tontas

Como formigas na casca de uma laranja.

Como era possível, como era possível, meu Deus,

Viver naquela confusão?

Foi por isso que estabelecemos uma porção de fins de mundo...

Mário Quintana

Figuras de sintaxe ( ou de construção)

Figuras de construção ou sintaxe integram as chamadas figuras de linguagem, representando um subgrupo destas. Dessa forma, tendo em vista o padrão não convencional que prevalece nas figuras de linguagem (ou seja, a subjetividade, a sensibilidade por parte do emissor, deixando às claras seus aspectos estilísticos), devemos compreender sua denominação. Em outras palavras, por que “figuras de construção ou sintaxe”?

Podemos afirmar que assim se denominam em virtude de apresentarem algum tipo de modificação na estrutura da oração, tendo em vista os reais e já ressaltados objetivos da enunciação (do discurso) – sendo o principal conferir ênfase a ela.

Assim sendo, comecemos entendendo que, em termos convencionais, a estrutura sintática da nossa língua se perfaz de uma sequência, demarcada pelos seguintes elementos:

SUJEITO + PREDICADO + COMPLEMENTO
(Nós) CHEGAMOS ATRASADOS À REUNIÃO.
Temos, assim, um sujeito oculto – nós; um predicado verbal – chegamos atrasados; e um complemento, representado por um adjunto adverbial de lugar – à reunião.

Quando há uma ruptura dessa sequência lógica, materializada pela inversão de termos, repetição ou até mesmo omissão destes, é justamente aí que as figura em questão se manifestam. Desse modo, elas se encontram muito presentes na linguagem literária, na publicitária e na linguagem cotidiana de forma geral. Vejamos, pois, acerca de cada uma delas, de modo particular:

Elipse

Tal figura se caracteriza pela omissão de um termo na oração não expresso anteriormente, contudo, facilmente identificado pelo contexto. Vejamos um exemplo:

Rondó dos cavalinhos

[...]

Os cavalinhos correndo,

E nós, cavalões, comendo...

O Brasil politicando,

Nossa! A poesia morrendo...

O sol tão claro lá fora,

O sol tão claro, Esmeralda,

E em minhalma — anoitecendo!

Manuel Bandeira
Notamos que em todos os versos há a omissão do verbo estar, sendo este facilmente identificado pelo contexto.

Zeugma

Ao contrário da elipse, na zeugma ocorre a omissão de um termo já expresso no discurso. Constatemos, pois:

Maria gosta de Matemática, eu de Português.

Observamos que houve a omissão do verbo gostar


Anáfora

Essa figura de linguagem se caracteriza pela repetição intencional de um termo no início de um período, frase ou verso. Observemos um caso representativo:


A Estrela


Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Vi uma estrela luzindo
Na minha vida vazia.


Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria!
Era uma estrela sozinha
Luzindo no fim do dia.

[...]

Manuel Bandeira

Notamos a utilização de termos que se repetem sucessivamente em cada verso da criação de Manuel Bandeira.


Polissíndeto

Figura cuja principal característica se define pela repetição enfática do conectivo, geralmente representado pela conjunção coordenada “e”. Observemos um verso extraído de uma criação de Olavo Bilac, intitulada

“A um poeta”:

“Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!”


Assíndeto

Diferentemente do que ocorre no polissíndeto, manifestado pela repetição da conjunção, no assíndeto ocorre a omissão deste. Vejamos:
Vim, vi, venci (Júlio César)

Depreendemos que se trata de orações assindéticas, justamente pela omissão do conectivo “e”.


Anacoluto

Trata-se de uma figura que se caracteriza pela interrupção da sequência lógica do pensamento, ou seja, em termos sintáticos, afirma-se que há uma mudança na construção do período, deixando algum termo desligado do restante dos elementos. Vejamos:

Essas crianças de hoje, elas estão muito evoluídas.
Notamos que o termo em destaque, que era para representar o sujeito da oração, encontra-se desligado dos demais termos, não cumprindo, portanto, nenhuma função sintática.

Inversão

Como bem nos revela o conceito, trata-se da inversão da ordem direta dos termos da oração. Constatemos:

Eufórico chegou o menino.

Deduzimos que o predicativo do sujeito (pois se trata de um predicado verbo-nominal) se encontra no início da oração, quando este deveria estar expresso no final, ou seja: O menino chegou eufórico.

Pleonasmo

Figura que consiste na repetição enfática de uma ideia antes expressa, tanto do ponto de vista sintático quanto semântico, no intuito de reforçar a mensagem. Observemos, pois, alguns exemplos:

Vivemos uma vida tranquila.

O termo em destaque reforça uma ideia antes ressaltada, uma vez que viver já diz respeito à vida. Temos uma repetição de ordem semântica.

A ele nada lhe devo.
Percebemos que o pronome oblíquo faz referência à terceira pessoa do singular, já expressa. Trata-se, portanto, de uma repetição de ordem sintática demarcada pelo que chamamos de objeto direto pleonástico.

Observação importante:

O pleonasmo utilizado sem a intenção de conferir ênfase ao discurso, torna-se o que denominamos de vício de linguagem – ocorrência que deve ser evitada. Como, por exemplo:

subir para cima

descer para baixo

entrar para dentro, entre outras circunstâncias linguísticas.


Por Vânia Duarte
http://www.brasilescola.com