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terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

9o.s anos

Oi, turminha!

Preparem-se, pois em maio iremos participar do projeto Estante Literária II :

Espetáculos que serão encenados:


Dom Casmurro (Machado de Assis) 




Ilustrador e quadrinista Eduardo Schloesser.                                                                                                        




Vidas Secas (Graciliano Ramos)                                                           





Designer - ilustrador Leandro sakami  



Poemas de Drummond (Carlos Drummond de Andrade)



http://ninhodealveloas.blogspot.com

Marketing Eventos Culturais - (Helena Siqueira)Fones: (81) 3434.6011 / 8850.6091 e-mail: helenaeventos@yahoo.com.br

Como preparar uma resenha de livro

RESENHA DE LIVRO



Critica ou resenha


Criticar ou resenhar é examinar aspectos relevantes de um texto, de uma obra de um evento, sabendo-se com clareza onde se quer chegar com essa crítica. São textos que buscam submeter a uma análise crítica uma produção cultural: livros, filmes, exposições, CDs, etc. Por meio de informações e comentários , o autor explicita ao leitor sua opinião a respeito do objeto resenhado, apresentando argumentos que a embasam.

A resenha crítica vem pontuada de apreciações, notas e correlações estabelecidas pelo juízo crítico de quem a elaborou, por isso, desenvolve o senso crítico , ponto decisivo para produção de textos seus. Nessa atividade  sua opinião conta, e muito!

A resenha, por ser um texto de discurso descritivo, nunca pode ser exaustiva. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos pertinentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previamente definida.
(José Luiz Fiorin e Francico Platão Savioli. Para entender o texto. São Paulo: Ática, 1993. P426)

Leia a seguir a crítica ou resenha de uma novela do escritor realista russo Dostoiévski, publicada no jornal Folha de S. Paulo

É preciso certa coragem para se aproximar do universo de Fiódor Dostoiévski (1821-1881). Há a famosa profusão dos nomes russos e de seus diminutivos; a trama cheia de nós que não desatam; uma impressão constante de congestionamento espacial, de asfixia, de superpopulação; sem contar o próprio tamanho dos romances mais famosos -"Crime e Castigo", "Os Irmãos Karamázov"...



A dócil

Novela do escritor russo ganha duas traduções diferentes no Brasil 
Em Dostoiévski, erro humano se entrelaça à ausência de Deus

Marcelo Coelho
Colunista da Folha

Uma novela curta como "A Dócil" não tem por que intimidar tanto o leitor. Exceto por uma razão, bem mais profunda do que as citadas acima. O principal motivo para o medo que Dostoiévski possa inspirar talvez esteja na seriedade, na gravidade com que encara a capacidade humana para o erro, para o pecado, para o mal. Quando lemos um romance como "Madame Bovary", de Flaubert, ou "Dom Casmurro", de Machado de Assis, certamente acompanhamos com bastante consternação os deslizes e as misérias de seus protagonistas. Mas, de alguma forma, Bentinho ou Emma Bovary estão um pouco distantes de nós; o que vemos são casos exemplares, quase que diagnósticos morais, delimitados -magistralmente, é claro- em si mesmos.
Essa distância chega a conferir um caráter algo cômico a esses romances, se comparados aos de Dostoiévski -em que as personagens se debatem com tentações e misérias morais que reconhecemos de imediato como sendo nossas. O que assusta é que não as julgávamos, talvez, tão graves; mas Dostoiévski apresenta todo erro humano como sinal de danação, ou melhor, de uma radical ausência de Deus.

Um breve diálogo, um curto raciocínio, um pouco de calculismo nas relações já nos precipitam aos caminhos da perdição mais irrespirável. Em "A Dócil" haveria material para um longo romance: o narrador, de origem nobre, perde sua patente militar num episódio em que foi acusado de covardia. Torna-se dono de uma casa de penhores. Uma jovem de 16 anos -a "dócil" do título- está na miséria. O narrador protege-a, humilha-a, toma-a em casamento. E é só o começo de uma história de crueldade moral e de dependência psíquica sem limites.

O narrador conta tudo aos borbotões, algumas horas depois do suicídio da mulher. O que aconteceu? Por que ela se matou? Em poucas páginas, estamos confrontados com uma situação psicológica de extrema complexidade; impossível alcançar todos os motivos da personagem. Seu ato, como no caso de Cristo, é ao mesmo tempo sacrifício e acusação, promessa regeneradora e expiação dos pecados de outrem.

O texto ganha corpo, e a voz do narrador adquire uma presença quase física, à medida que este se corrige, se recrimina, se retorce em busca de uma explicação para o que ocorreu. Ele passa de algoz a vítima com tamanha rapidez que a chave do mistério parece ter-se perdido no meio do caminho; de qualquer modo, desconfiamos dele. Ao mesmo tempo, acompanhamos seus pensamentos no momento mesmo em que aparecem; essa técnica, a "hipótese de um estenógrafo que anotaria tudo", diz Dostoiévski na introdução da novela, "é o que chamo de fantástico nessa narrativa".

A tradução de Fátima Bianchi, para a Cosac e Naify, é mais "literária". A de Vadim Nikitin, para a 34, pareceu-me mais clara e coloquial; no próprio excesso de notas de rodapé, é como se reproduzisse a ansiedade do narrador. Comparem-se as traduções de um trecho bem do início do livro, onde já podemos entrever, na jactância do narrador ao conquistar a "dócil", o mal que se desencadeará.

"Eu, quer dizer, por mim, gosto das orgulhosinhas. As orgulhosas são particularmente belas quando... bem, quando já não se duvida do poder que se tem sobre elas, hein? Ah, que homem baixo, canhestro!" (Vadim Nikitin). Na tradução de Fátima Bianchi: "Quanto a mim, digo, gosto das orgulhosinhas. As orgulhosas são particularmente boas quando... bem, quando já não se duvida do próprio poder sobre elas, não é? Oh, que sujeito inconveniente, infame!".

A edição da Cosac tem ilustrações de Lasar Segall, e comentário primoroso de Augusto Massi. A da 34 traz outra novela curta de Dostoiévski, "O Sonho de um Homem Ridículo", um tanto abstrata e edificante, mas cujo primeiro capítulo, opondo as forças da miséria e do suicídio, já nos lança ao mundo terrível do autor. Vencido o medo, sair dele não é fácil.

Duas Narrativas Fantásticas - A Dócil e Sonho de um Homem Ridículo (128 págs.)

Autor: Fiódor Dostoiévski

Tradução: Vadim Nikitin

Editora: 34


Uma Criatura Dócil (93 págs.)

Autor: Fiódor Dostoiévski

Tradução: Fátima Bianchi

Ilustrações: Lasar Segall

Editora: Cosac e Naify
Fonte:http://editora.cosacnaify.com.br/ObraImprensaLeiaMais/271/Marcelo-Coelho.aspx

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Elementos da comunicação - exercícios - 9o.s anos

Oi, turminha!


Como combinado, postei as questões sobre os elementos da comunicação, as questões respondidas devem ser entregues na nossa próxima aula . Beijo! Até mais!


1. O pai conversa com a filha ao telefone e diz que vai chegar atrasado para o jantar. 
Nesta situação, podemos dizer que o canal é: 
a) o pai 
b) a filha 
c) fios de telefone 
d) o código 
e) a fala 

2. Assinale a alternativa incorreta: 
a) Só existe comunicação quando a pessoa que recebe a mensagem entende o seu significado. 
b) Para entender o significado de uma mensagem, não é preciso conhecer o código. 
c) As mensagens podem ser elaboradas com vários códigos, formados de palavras,desenhos, números 
etc. 
d) Para entender bem um código, é necessário conhecer suas regras. 
e) Conhecendo os elementos e regras de um código, podemos combiná-los de várias maneiras, criando 
novas mensagens. 

3. Uma pessoa é convidada a dar uma palestra em Espanhol. A pessoa não aceita o convite, pois não sabia falar com fluência a língua Espanhola. Se esta pessoa tivesse aceitado fazer esta palestra seria um 
fracasso porque: 
a) não dominava os signos 
b) não dominava o código 
c) não conhecia o referente 
d) não conhecia o receptor 
e) não conhecia a mensagem 

4. Um guarda de trânsito percebe que o motorista de um carro está em alta velocidade. Faz um gesto pedindo para ele parar. Neste trecho o gesto que o guarda faz para o motorista parar, podemos dizer que é: 
a) o código que ele utiliza 
b) o canal que ele utiliza 
c) quem recebe a mensagem 
d) quem envia a mensagem 
e) o assunto da mensagem 

5. A mãe de Felipe sacode-o levemente e o chama: “Felipe está na hora de acordar”. 
O que está destacado é: 
a) o emissor 
b) o código 
c) o canal 
d) a mensagem 
e) o referente 

6. Podemos afirmar que Referente é: 
a) quem recebe a mensagem 
b) o assunto da mensagem 
c) o que transmite a mensagem 
d) quem envia a mensagem 
e) o código usado para estabelecer comunicação



Disponível em : http://gramaticaelinguagem.blogspot.com

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Substantivos - Revisão

Formação de substantivos

Revendo conceitos:
Substantivo é a classe de palavras que tem a característica de significar o que se chama objetos substantivos, ou seja, as substâncias (caneta, cobra, grama), objetos idealizados como substâncias, como as qualidades (beleza, brancura), os estados (saúde, alegria) e os processos (chegada, saída, facada).
Pode-se dizer que é a classe de palavras que nomeiam tudo: as entidades reais e imaginárias, os lugares, os seres em geral, as qualidades, as sensações, as ações, os estados, as características, etc. Há muitas maneiras de formação dos substantivos.

Pode-se formar um substantivo a partir de outra palavra?

Sim, pode. Uma das formas de se formar um substantivo, ou seja, um nome, é a partir de um verbo.
Neste caso, toma-se o verbo, acrescenta-se um sufixo, e está formado um substantivo - desde que haja aceitação de uso, evidentemente. Aqui, tomamos como exemplo, substantivos formados a partir de verbo com o acréscimo do sufixoada. Nota-se que forma um 'nome de ação' ou 'resultado' de uma ação. (gera um substantivo abstrato)
Substantivos formados a partir de verbos:
verbosubstantivo
caçarcaçada
coçarcoçada
roçarroçada
pousarpousada

Substantivos concretos e substantivos abstratos

Esta é a divisão dos substantivos: concretos ( próprios e comuns ) e abstratos.

Substantivos concretos

Os substantivos concretos não dependem de nada para ter existência própria. Costuma-se dizer que os concretos nomeiam seresidéias e coisas ( ar, água, fogo, lousa, brisa, faca, catálogo, Deus, pensamento, etc. ).

Substantivos abstratos

Os substantivos abstratos são de natureza dependente. Costuma-se dizer que os abstratos nomeiam ações e estados. ( beijo, prazer, beleza, venda (vender), entrada, saída, cansaço, felicidade, honra, pobreza, caridade, etc. )
Os substantivos deverbais, isto é, originados de verbos são todos abstratos.

Quais funções o substantivo pode exercer na estrutura de uma frase?

O substantivo pode  estar dentro de muitas funções: pode ser núcleo de sujeito, de objeto direto, de objeto indireto, de adjunto adnominal, de complemento nominal, de aposto, de adjunto adverbial, de vocativo, predicativos, agente da passiva, etc.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Elementos da comunicação, Níveis da linguagem e Funções da linguagem - 9o.s anos



Elementos da Comunicação

Para que a comunicação aconteça por meio do código verbal, são necessários seis elementos básicos:
Emissor:  Quem deseja comunicar-se enviando determinadas mensagens a alguém.
Receptor: A quem a mensagem se destina.
Referente (ou contexto) : O assunto que envolve a mensagem.
Canal:  O meio material, suporte físico que transporta a mensagem.
Mensagem: As informações transmitidas.
Código:  Sistema de elementos linguísticos e de regras para combiná-los,conhecido tanto pelo emissor como pelo receptor. Quando se considera a comunicação verbal, o código é uma Língua em sua modalidade oral ou escrita.

Os Níveis de linguagem

Os níveis de linguagem dizem respeito ao uso da fala e escrita em uma determinada situação comunicativa. O emissor e o receptor devem estar em concordância para que haja entendimento. Assim sendo, cada ocasião exige uma linguagem diferente. 

Temos uma norma que rege a língua escrita que é a gramática. No entanto, a fala não se trata de uma convenção, mas do modo que cada um utiliza esse acordo. Portanto, a língua falada é mais desprendida de regras, e, portanto, mais espontânea e expressiva. Por este motivo, está suscetível a transformações, diariamente. Assim, a mudança na escrita começa sempre a partir da língua falada e, por este motivo, esta é tão importante quanto à língua escrita. Contudo, não é toda alteração na fala que é reconhecida na escrita, mas somente aquelas que têm significação relevante à sociedade. 

O que determinará o nível de linguagem empregado é o meio social no qual o indivíduo se encontra. Portanto, para cada ambiente sociocultural há uma medida de vocabulário, um modo de se falar, uma entonação empregada, uma maneira de se fazer as combinações das palavras, e assim por diante. 

A linguagem, por conseguinte, deve estar de acordo com o contexto em que o emissor da mensagem e o destinatário se encontram. Claro, porque você não conversa com o vizinho da mesma forma que conversa com o professor ou conversa com o representante de sala da mesma forma que conversa com o diretor ou com este do mesmo jeito que com os pais. 

Então, para cada situação linguística, há uma linguagem adequada.

Tipos diferentes de fala

Alguns conceitos indispensáveis: 

Língua: é um código linguístico usado por uma sociedade e, portanto, trata-se de uma convenção entre um grupo. Então, dizemos que a língua é social. 

Fala: é o modo como a língua é utilizada, logo, parte de cada pessoa, é individual. Daí dizemos que a língua é individual, pois cada um tem um modo de se expressar oralmente.

Muitos fatores influenciam na maneira como determinado indivíduo fala: idade, sexo, grau de escolaridade, local onde trabalha, cargo que ocupa, local onde estuda, local onde mora, profissão, o caráter, a criação, as amizades, a família de modo geral. 

Uma menina diz “antão” mesmo sabendo que é “então” e um dia quando conversa com a mãe da garota entende-se o porquê! E se conversássemos com a avó, provavelmente decifraríamos a origem do problema! 

Vê-se que a língua, ao partir do social para o individual, recebe um estilo próprio, mesmo que este não faça jus à norma culta. Mesmo porque não há como julgar a fala como certa ou correta, somente a escrita, pois esta se trata de um acordo normatizado e documentado. A língua é a referência, e não a fala! 

Os níveis de fala compreendem o modo como o falante se manifesta nas diversas situações vividas. 

O nível culto ou formal obedece às regras da norma culta, da gramática normativa. É frequente em ambientes que exigem tal posicionamento do falante: em discursos, em sermões, apresentação de trabalhos científicos, em reuniões, etc. Logicamente, a escrita também seguirá padrões quando se trata de textos acadêmicos ou de teor científico. 

O nível coloquial ou informal é a manifestação espontânea da língua. Independe de regras, apresenta gírias, restrição de vocabulário, formas subtraídas das palavras. Está presente nas conversas com amigos, familiares, pessoas com quem temos intimidade. É muito comum se ver o coloquialismo sendo utilizado em textos, principalmente da internet, como no MSN, no Orkut, blogs, etc.


Funções da linguagem


Empregamos a linguagem com diferentes objetivos. Podemos querer comunicar algo sobre a realidade, podemos querer saber se há canal ou conexão psicológica para que a transmissão de informação possa acontecer. Ou seja, usamos a linguagem com diferentes funções.


As funções da linguagem são seis: 


Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências comerciais.

Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.

Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de teor dramático ou romântico.

Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)

Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.

Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!

Função metalinguística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por exemplo. Veja:

“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um poema.

Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.

Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar novas possibilidades de combinações dos signos linguísticos. É presente em textos literários, publicitários e em letras de música.

Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0

Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de palavras que passa a ideia do dia a dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.


Disponível em >http://www.grupoescolar.com/pesquisa/elementos-da-comunicacao.html ;http://www.brasilescola.com/gramatica/funcoes-linguagem.htm;http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/niveis-de-fala.htm

Ortografia (revisão- 1o. período) 8o.s e 9o.s anos

Ortografia.
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua.

Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se observar as seguintes regras:
O fonema s:
Escreve-se com S:
  • as palavras substantivadas derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent.
Exemplos: pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir - sensível / consentir - consensual
Escreve-se com SS :
  • os nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou meter
Exemplos: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / comprometer - compromisso / submeter - submissão
  • quando o prefixo termina com vogal que se junta com a palavra iniciada por s
Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + surgir - ressurgir
  • no pretérito imperfeito simples do subjuntivo
Exemplos: ficasse, falasse
Escreve-se com C ou Ç :
  • os vocábulos de origem árabe:
Exemplos: cetim, açucena, açúcar
  • os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica
Exemplos: cipó, Juçara, caçula, cachaça, cacique
  • os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu.
Exemplos: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, carapuça, dentuço
  • nomes derivados do verbo ter.
Exemplos: abster - abstenção / deter - detenção / ater - atenção / reter - retenção
  • após ditongos
Exemplos: foice, coice, traição
  • palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r)
Exemplos: marte - marciano / infrator - infração / absorto - absorção
O fonema z:
Escreve-se com S :
  • os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos ( Tratado ou livro das genealogias da nobreza).
Exemplos: freguês, freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa, etc.
  • os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose.
Exemplos: catequese, metamorfose.
  • as formas verbais pôr e querer.
Exemplos: pôs, pus, quisera, quis, quiseste.
  • nomes derivados de verbos com radicais terminados em d.
Exemplos: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difundir - difusão
  • os diminutivos cujos radicais terminam com s
Exemplos: Luís - Luisinho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
  • após ditongos
Exemplos: coisa, pausa, pouso
  • em verbos derivados de nomes cujo radical termina com s.
Exemplos: anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
Escreve-se com Z :
  • os sufixos ez e eza das palavras derivadas de adjetivo
Exemplos: macio - maciez / rico - riqueza
  • os sufixos izar (desde que o radical da palavra de origem não termine com s)
Exemplos: final - finalizar / concreto - concretizar
  • como consoante de ligação se o radical não terminar com s.
Exemplos: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho
O fonema j:
Escreve-se com G :
  • as palavras de origem grega ou árabe
Exemplos: tigela, girafa, gesso.
  • estrangeirismo, cuja letra G é originária.
Exemplos: sargento, gim.
  • as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas exceções)
Exemplos: imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Observação
Exceção: pajem
  • as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio.
Exemplos: sufrágio, sortilégio, litígio, relógio, refúgio.
  • os verbos terminados em ger e gir.
Exemplos: eleger, mugir.
  • depois da letra "r" com poucas exceções.
Exemplos: emergir, surgir.
  • depois da letra a, desde que não seja radical terminado com j.
Exemplos: ágil, agente.
Escreve-se com J :
  • as palavras de origem latinas
Exemplos: jeito, majestade, hoje.
  • as palavras de origem árabe, africana ou exótica.
Exemplos: alforje, jibóia, manjerona.
  • as palavras terminada com aje.
Exemplos: laje, ultraje
O fonema ch:
Escreve-se com X :
  • as palavras de origem tupi, africana ou exótica.
Exemplo: abacaxi, muxoxo, xucro.
  • as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J).
Exemplos: xampu, lagartixa.
  • depois de ditongo.
Exemplos: frouxo, feixe.
  • depois de en.
Exemplos: enxurrada, enxoval
Observação:
Exceção: quando a palavra de origem não derive de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com CH :
  • as palavras de origem estrangeira
Exemplos: chave, chumbo, chassi, mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.
As letras e e i:
  • os ditongos nasais são escritos com e: mãe, põem. Com i, só o ditongo interno cãibra.
  • os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos com e: caçoe, tumultue. Escrevemos com i, os verbos com infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui.
atenção para as palavras que mudam de sentido quando substituímos a grafia e pela grafia i: área (superfície), ária (melodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé), pião (brinquedo).


EXERCÍCIOS

1. Estão corretamente empregadas as palavras na frase:
a) Receba meus cumprimentos pelo seu aniversário. 
b) Ele agiu com muita descrição. 
c) O pião conseguiu o primeiro lugar na competição. 
d) Ele cantou uma área belíssima.
e) Utilizamos as salas com exatidão.
2. Todas as alternativas são verdadeiras quanto ao emprego da inicial maiúscula, exceto:
a) Nos nomes dos meses quando estiverem nas datas. 
b) No começo de período, verso ou alguma citação direta. 
c) Nos substantivos próprios de qualquer espécie 
d) Nos nomes de fatos históricos dos povos em geral. 
e) Nos nomes de escolas de qualquer natureza.
3. Indique a única sequência em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) fanatizar - analizar - frizar. 
b) fanatisar - paralizar - frisar. 
c) banalizar - analisar - paralisar. 
d) realisar - analisar - paralizar.
e) utilizar - canalisar - vasamento.
4.  Quanto ao emprego de iniciais maiúsculas, assinale a alternativa em que não há erro de grafia:
a) A Baía de Guanabara é uma grande obra de arte da Natureza. 
b) Na idade média, os povos da América do Sul não tinham laços de amizade com a Europa. 
c) Diz um provérbio árabe: "a agulha veste os outros e vive nua." 
d) "Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incensos e mirra " (Manuel Bandeira).
e) A Avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, foi ornamentada na época de natal.
5. Marque a opção cm que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) enxotar - trouxa - chícara. 
b) berinjela - jiló - gipe. 
c) passos - discussão - arremesso. 
d) certeza - empresa - defeza.
e) nervoso - desafio - atravez.
6. A alternativa que apresenta erro(s) de ortografia é:
a) O experto disse que fora óleo em excesso. 
b) O assessor chegou à exaustão. 
c) A fartura e a escassez são problemáticas. 
d) Assintosamente apareceu enxarcado na sala.
e) Aceso o fogo, uma labareda ascendeu ao céu.
7. Assinale a opção em que a palavra está incorretamente grafada:
a) duquesa. 
b) magestade. 
c) gorjeta. 
d) francês.
e) estupidez.
8. Dos pares de palavras abaixo, aquele em que a segunda não se escreve com a mesma letra sublinhada na primeira é:
a) vez / reve___ar. 
b) propôs / pu__ eram. 
c) atrás / retra __ ado. 
d) cafezinho/ blu __ inha.
e) esvaziar / e___ tender.
9. Indique o item em que todas as palavras devem ser preenchidas com x:
a) pran__a / en__er / __adrez. 
b) fei__e / pi__ar / bre__a. 
c) __utar / frou__o / mo__ila. 
d) fle__a / en__arcar / li__ar.
e) me__erico / en__ame / bru__a.
10. Todas as palavras estão com a grafia correta, exceto:
a) dejeto. 
b) ogeriza. 
c) vadear. 
d) iminente.
e) vadiar.
11. A alternativa que apresenta palavra grafada incorretamente é:
a) fixação - rendição - paralisação. 
b) exceção - discussão - concessão. 
c) seção - admissão - distensão. 
d) presunção - compreensão - submissão.
e) cessão - cassação - excurção.
12. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) analizar - economizar - civilizar. 
b) receoso - prazeirosamente - silvícola. 
c) tábua - previlégio - marquês. 
d) pretencioso - hérnia - majestade.
e) flecha - jeito - ojeriza.
13. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) atrasado - princesa - paralisia. 
b) poleiro - pagem - descrição. 
c) criação - disenteria - impecilho. 
d) enxergar - passeiar - pesquisar.
e) batizar - sintetizar - sintonisar.
14. Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:
a) tijela - oscilação - ascenção. 
b) richa - bruxa - bucha. 
c) berinjela - lage - majestade. 
d) enxada - mixto - bexiga.
e) gasolina - vaso - esplêndido.
15. Marque a única palavra que se escreve sem o h:
a) omeopatia. 
b) umidade. 
c) umor. 
d) erdeiro.
e) iena.
16. (CFS/95) Assinalar o par de palavras parônimas:
a) céu - seu 
b) paço - passo 
c) eminente - evidente 
d) descrição - discrição
17. (CFS/95) Assinalar a alternativa em que todas as palavras devem ser escritas com "j".
a) __irau, __ibóia, __egue 
b) gor__eio, privilé__io, pa__em 
c) ma__estoso, __esto, __enipapo 
d) here__e, tre__eito, berin__ela
18. (CFC/95) Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas do seguinte período: "Em _____ plenária, estudou-se a _____ de terras a _____ japoneses."
a) seção - cessão - emigrantes 
b) cessão - sessão - imigrantes 
c) sessão - secção - emigrantes 
d) sessão - cessão - imigrantes
19. (CFC/95) Assinalar a alternativa que apresenta um erro de ortografia:
a) enxofre, exceção, ascensão 
b) abóbada, asterisco, assunção 
c) despender, previlégio, economizar 
d) adivinhar, prazerosamente, beneficente
20. (CFC/95) Assinalar a alternativa que contém um erro de ortografia:
a) beleza, duquesa, francesa 
b) estrupar, pretensioso, deslizar 
c) esplêndido, meteorologia, hesitar 
d) cabeleireiro, consciencioso, manteigueira
21. (CFC/96) Assinalar a alternativa correta quanto à grafia das palavras:
a) atraz - ele trás 
b) atrás - ele traz 
c) atrás - ele trás 
d) atraz - ele traz
22. (CFS/96) Assinalar a palavra graficamente correta:
a) bandeija 
b) mendingo 
c) irrequieto 
d) carangueijo
23. (CESD/97) Assinalar a alternativa que completa as lacunas da frase abaixo, na ordem em que aparecem. "O Brasil de hoje é diferente, _____ os ideais de uma sociedade _____ justa ainda permanecem".
a) mas - mas 
b) mais - mas 
c) mas - mais 
d) mais - mais
24. (CESD/98) Cauda/rabo, calda/açúcar derretido para doce. São, portanto, palavras homônimas. Associe as duas colunas e assinale a alternativa com a sequência correta.
1 - conserto ( ) valor pago
2 - concerto ( ) juízo claro
3 - censo ( ) reparo
4 - senso ( ) estatística
5 - taxa ( ) pequeno prego
6 - tacha ( ) apresentação musical
a) 5-4-1-3-6-2 
b) 5-3-2-1-6-4 
c) 4-2-6-1-3-5 
d) 1-4-6-5-2-3
25. (CFC/98) Assinalar o par de palavras antônimas:
a) pavor - pânico 
b) pânico - susto 
c) dignidade - indecoro 
d) dignidade - integridade
26. (CFS/97) O antônimo para a expressão "época de estiagem" é:
a) tempo quente 
b) tempo de ventania 
c) estação chuvosa 
d) estação florida
27. (CFS/96) Quanto à sinonímia, associar a coluna da esquerda com a da direita e indicar a sequência correta.
1 - insigne ( ) ignorante
2 - extático ( ) saliente
3 - insipiente ( ) absorto
4 - proeminente ( ) notável
a) 2-4-3-1 
b) 3-4-2-1 
c) 4-3-1-2 
d) 3-2-4-1
28. (ITA/SP) Em que caso todos os vocábulos são grafados com "x" ?
a) __ícara, __ávena, pi__e, be__iga 
b) __enófobo, en__erido, en__erto, __epa 
c) li__ar, ta__ativo, sinta__e, bro__e 
d) ê__tase, e__torquir, __u__u, __ilrear
1 A / 2 A / 3 C / 4 D / 5 C / 6 D / 7 B / 8 D / 9 E / 1o B / 11 E / 12 E / 13 A / 14 E / 15 B / 16 D / 17 A / 18D / 19 C / 20 B / 21 B / 22 C / 23 C / 24 A / 25 C / 26 C / 27 B / 28 B