Pages

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 9o. ano



         A língua não é usada de modo homogêneo por todos os seus falantes. O uso de uma língua varia de época para época, de região para região, de classe social para classe social e assim por diante. Nem individualmente podemos afirmar que o uso seja uniforme. Dependendo da situação, uma mesma pessoa pode usar diferentes variedades de uma só forma da língua.

DIFERENTES FORMAS DE REALIZAÇÃO

        Uma língua oferece a seus usuários diferentes formas de realização, isto é, diferentes jeitos de falar e de escrever. Não existe uma forma melhor(mais certa) ou pior( mais errada) de empregar uma língua.

       Língua culta/ variedade padrão: modelo arbitrário e convencional, baseado em critérios ideológicos ‒‒ sociais, culturais, políticos e econômicos.

Não existe, portanto, uma língua única. A língua é na verdade um conjunto de                                 diferentes variedades linguísticas.

NÍVEIS DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA  

         É importante observar que o processo de variação ocorre em todos os níveis de   funcionamento da linguagem, sendo mais perceptível na pronúncia e no vocabulário.
      Nível fonológico – pranta,  canal(u),
      Nível morfossintático – manteu/ manteve     ansio/ anseio   
                                          Eu lhe vi.            Chegou os cantores ao local do show.
      Nível vocabular – miúdo ‒ Portugal
                                       guri, menino, garoto

OS NÍVEIS DA FALA

            Padrão formal 
                        Está diretamente ligado à linguagem escrita, restringindo-se às normas gramaticais de um modo geral. Razão pela qual nunca escrevemos da mesma maneira que falamos. Este fator foi determinante para a que a mesma pudesse exercer total soberania sobre as demais.

Nível informal
      Representa o estilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que para a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma um estigma. 

      Compondo o quadro do padrão informal da linguagem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais representam as variações de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Dentre elas destacam-se:

Variações históricas: 
Dado o dinamismo que a língua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do tempo.
Um exemplo bastante representativo é a questão da ortografia, se levarmos em consideração a palavra farmácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, contrapondo-se à linguagem dos internautas, a qual fundamenta-se pela supressão do vocábulos.

Variações regionais: 
São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que, em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como: macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade estão os sotaques, ligados às características orais da linguagem.


Assaltante nordestino
  
          Ei, bichim... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula nem faça muganga... Arrebola o dinheiro no mato e não faça pantim senão enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdão, meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia...
  
 Assaltante mineiro

          Ô sô, prestenção... Isso é um assarto, uai... Levanta os braços e fica quetim quesse trem na minha mão tá cheio de bala... Mió passá logo os trocado que eu num to bão hoje. Vai andando, uai! Tá esperando o quê, uai!!
  
Assaltante gaúcho

          O, guri, fica atento... Bah, isso é um assalto... Levanta os braços e te aquietas, tchê! Não tentes nada e cuidado que esse facão corta uma barbaridade, tchê. Passa as pilas pra cá! E te manda a la cria, senão o quarenta e quatro fala.
  
Assaltante carioca:
          Seguinte, bicho... Tu te deu mal. Isso é um assalto. Passa a grana e levanta os braços, rapá... Não fica de bobeira que eu atiro bem pra... Vai andando e, se olhar pra trás, vira presunto...


Assaltante baiano

Ô meu rei... (pausa)
Isso é um assalto...(longa pausa)
Levanta os braços, mas não se avexe não... (outra pausa)
Se num quiser nem precisa levantar, pra num ficar cansado...
Vai passando a grana, bem devagarinho(pausa pra pausa)
Num repara se o berro está sem bala, mas é pra não ficar muito pesado.
Não esquenta, meu irmãozinho, (pausa)
Vou deixar teus documentos na encruzilhada.

 Assaltante paulista
Ôrra, meu ....
Isso é um assalto, mano
Levanta os braços, mano...
Passa a grana logo, mano .
Mais rápido, meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pá comprar o ingresso do jogo do Curintia, mano ...
Pô, se manda, mano... .


As gírias pertencem ao vocabulário específico de certos grupos, como os surfistas, cantores de rap, tatuadores, entre outros.


Tirei daqui

Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros.

Jargão policial
"a casa caiu"...
"positivo, operante"
"o miliante estava desarmado"


Por profas. HILDENIZE e  ESTHER

Adaptado profa. Helena


Nenhum comentário:

Postar um comentário